EUA vão assumir a Faixa de Gaza, diz Trump ao lado de Netanyahu
Trump deu a entender que o seu país vai manter uma presença de “longo prazo” na área e sua determinação de transferir os moradores locais para o Egito ou a Jordânia
Depois de uma reunião com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu (Likud-direita), o presidente norte-americano, Donald Trump (Republicano), afirmou, nesta terça-feira (5) que seu governo pretende assumir o controle da Faixa de Gaza, e novamente defendeu que os palestinos abandonem Gaza e se instalem em países vizinhos, descrevendo a região como uma “área de destruição”.
“Os EUA vão assumir o controle da Faixa de Gaza e serão responsáveis por desativar todas as bombas não detonadas e outras armas no local. Além disso, promoverão o desenvolvimento econômico para gerar empregos e moradias ilimitadas para a população da região e se necessário, enviaremos tropas para Gaza”.
Trump deu a entender que o seu país vai manter uma presença de “longo prazo” na área e sua determinação de transferir os moradores locais para o Egito ou a Jordânia, com custos dessa movimentação bancada pelos países acolhedores.
“A Faixa de Gaza tem sido um símbolo de destruição por muito tempo. Os palestinos deveriam ser realocados para países dispostos a apoiar ações humanitárias. Isso pode acontecer em 1 ou mais lugares, mas o essencial é que essas pessoas possam viver com conforto e paz”.
Trump emendou dizendo que “os palestinos desejam retornar a Gaza por falta de alternativa, e que eles poderiam ser assentados em locais melhores. A região se tornou um local de destruição. Os Estados Unidos vão assumir Gaza e fazer um trabalho maravilhoso”.
O presidente norte-americano afirmou ter feito análise da situação de Gaza “com atenção ao longo de muitos meses e que sua proposta por Gaza teve a aceitação das “principais lideranças”, que veem nela a solução para a paz ao Oriente Médio. Netanyahu assentiu e descreveu a proposta como “um futuro diferente para aquela terra. Vale a pensa prestar atenção nela.”
Trump havia pedido, anteriormente, que os palestinos não voltassem a Gaza, mesmo com o acordo de cessar-fogo com o grupo Hamas.