Ex-aluna da Funcesi, Gabriella Lacerda conta como desenvolveu sua carreira na biomedicina estética

A escolha por uma profissão pode ser uma tarefa árdua para muitos — afinal, é um processo que envolve vários desafios e exige coragem para buscar os melhores caminhos. A itabirana Gabriella Lacerda Martins Andrade, que completa 32 anos em março, sabe muito bem que para alcançar a realização pessoal e profissional é preciso superar obstáculos. Formada em biomedicina pelo Centro Universitário Funcesi, em 2012, e com pós-graduação em biomedicina estética, em 2015, a empresária precisou experimentar diferentes mercados até descobrir a melhor área de atuação.

“Eu me formei na Funcesi e, ainda durante o curso, eu comecei a fazer análises clínicas. O biomédico, geralmente, sai habilitado da faculdade em análises clínicas. Então, o primeiro caminho do biomédico é para o laboratório. Mas não gostei muito, não curti. Aí fui para a assessoria científica — e adorei! Mas ainda não era a minha praia, não era muito o que queria fazer. Em 2012, no ano em que me formei em biomedicina, surgiu o campo da estética. E eu sempre gostei muito de beleza, fui muito vaidosa. Aí vi nisso algo que eu me identificava”, relata Gabriella Lacerda.

Esse processo exigiu muito esforço da biomédica, que precisou conciliar os seus estudos com o trabalho para que pudesse preparar o terreno para se aventurar em seu próprio negócio. Apesar de ter gostado da experiência como assessora científica, a profissão exigia constantes viagens, o que tornava a rotina desgastante, ainda mais para quem, como Gabriella Lacerda, é muito apegada às suas raízes. Foi então que ela decidiu que seguiria os caminhos da biomedicina estética.

“O salário [de assessora científica] era bom, o serviço era legal, mas ainda não era o que eu queria. Aí o que que eu fiz? No meio dessa insatisfação profissional, eu falei: vou continuar como assessora, mas vou começar uma pós em estética — e também comecei com atendimentos estéticos a domicílio. Trabalhava como assessora, fazia pós e atendia em casa. A rotina era muito pesada. Mas quando eu senti que peguei o feeling do negócio, percebi que o mercado estético era bom e dava para largar a assessoria. Quando senti que tinha essa segurança, eu saí da empresa”, destaca Gabriella Lacerda.

Para superar os desafios iniciais da sua carreira, a biomédica itabirana contou com o suporte e o conhecimento obtidos no Centro Universitário Funcesi. Na faculdade, Gabriella Lacerda teve aulas com professores experientes e preparados, apoio técnico do corpo docente e acesso a laboratórios de qualidade e biblioteca com vasto acervo.

“Eu quero que fique claro: eu recomendo a Funcesi. Eu saí de lá extremamente bem capacitada. Tive acesso a bom aparato técnico, de laboratório, de biblioteca, da parte de microscopia — e dificilmente você vê essa estrutura lá fora. Infelizmente o itabirano não vê isso. A Funcesi tem todos os professores com mestrado ou doutorado, com segurança para dar aula. A estrutura é muito boa”, ressalta Gabriella Lacerda.

Essa expertise obtida no curso da Funcesi ajudou a biomédica no planejamento da sua carreira, fazendo com que ela buscasse conhecer melhor o mercado em que pretendia se inserir, se preparar para competir nele e, assim, criar a base necessária para abrir o próprio negócio. “Fazer esse processo experimental é muito business. De você já ter uma clientela formada, de ter um nome mais ou menos consolidado antes de dar o primeiro passo, que é diferente de você entrar logo de cara. Então eu falo que a minha carreira foi uma construção, cada passo devagar”, lembra.

Esse preparo também contribuiu para que a itabirana pudesse superar uma desconfiança que, à época, existia no mercado estético: procedimentos avançados só eram realizados, até então, por médicos dermatologistas — o que, em 2012, começava a mudar. “Os únicos profissionais que faziam os injetáveis eram os médicos dermatologistas. Então teve também esse desafio: ela está chegando agora e não é médica. Ela pode fazer isso? Ela pode fazer botox? Ela pode fazer preenchimento? Então existiu isso também”, recorda Gabriella Lacerda.

“Para quem está chegando agora para fazer os injetáveis de certa forma é mais fácil porque o mercado já está aberto pra outros profissionais. Então você tem o pessoal da odontologia fazendo, a enfermagem fazendo, além dos biomédicos. Agora está abrindo para fisioterapia também. Mas quando eu cheguei ou era médico ou não era. Essa imagem acabou gerando um certo preconceito de que ninguém mais poderia fazer”, acrescenta.

Outro mercado

Muitos podem acreditar que os procedimentos estéticos são procurados, majoritariamente, por mulheres. Porém, a realidade é outra: muitos homens têm entendido a importância de cuidar da aparência, seja por motivos pessoais seja por questões profissionais.

“A princípio o público alvo é realmente o feminino, mas temos uma margem altíssima de homens, cerca de 30% a 35% da nossa demanda é do público masculino, o que a gente não esperava mesmo”, revela Gabriella Lacerda. “O que os meninos mais procuram aqui é a dermoterapia capilar, que é um tratamento para crescimento de cabelo. Também tem procura por preenchimento de mandíbula e de olheiras”, continua. 

Para a biomédica, esse fenômeno acontece devido à popularização das redes sociais, que fizeram com que o público masculino começasse a se preocupar mais com a própria imagem. “Hoje todo mundo vive envolvido pelas redes sociais. Então na hora que um homem vai stalkear algum artista, algum jogador de futebol que ele tem como ídolo, ele olha aquela imagem e quer trazer isso pra ele. Então eu acho que todo mundo quer se sentir melhor, quer se sentir bem. Aquela ideia de que só a mulher se preocupa com a imagem já é obsoleto”, avalia Gabriella Lacerda.

A empresa