Ex-deputado federal por Minas, Irani Barbosa, morre vítima de Covid-19

O ex-parlamentar estava internado há 27 dias tratando as complicações da doença

Ex-deputado federal por Minas, Irani Barbosa, morre vítima de Covid-19
foto: Cristina Horta/Estado de Minas – 18/12/2002

O ex-deputado estadual e federal, Irani Barbosa morreu, nesta quarta-feira (23), em Belo Horizonte, vítima de Covid-19. O político mineiro estava internado há 27 dias tratando as complicações da doença. A morte foi comunicada pelo filho dele, o ex-deputado estadual Iran Barbosa, pelo Twitter.

“Depois de 27 dias de muita luta e coragem meu pai se junta às outras 180 mil pessoas vítimas dessa pandemia. Se foi o amor da minha vida. Em toda a minha vida sequer vi meu pai resfriado. Sua única “comorbidade” era ser fumante. Fiquei 9 meses sem dar um abraço nele pra preservá-lo dessa doença que tanta gente desdenha e, por isso, espalha. Eu nunca tive Covid, mas tive que ver ambos meus pais na UTI”, escreveu em suas postagens.

Iran Barbosa escreveu ainda que a mãe se curou e teve alta médica. “Realmente parece uma roleta russa essa doença. Então, por favor, preservem suas famílias. Eu hoje enterro meu pai com muita dor, mas sem a culpa de ter trazido isso pra minha casa. Não imagino como seria se tivesse”, desabafou.

Vida política

Irani Barbosa tinha 70 anos e fez carreira como comerciante. Iniciou a carreira política em 1982, quando se elegeu vereador pelo PMDB, em Belo Horizonte. Em 1986, se candidatou ao cargo de deputado estadual e foi eleito. Na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), integrou as comissões de Agropecuária e Política Rural, do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural, de Obras Públicas e de Serviço Público.

Irani Barbosa esteve entre os 88 deputados estaduais que elaboraram a Constituição mineira. Irani deixou o MDB em 1989, por decisão do partido, e filiou-se ao PL, legenda pela qual se tornou líder na Assembleia Estadual Constituinte. O político mineiro foi eleito deputado federal em 1990 e, no ano seguinte, passou a integrar o PSD. Foi um dos parlamentares que votou a favor do impeachment do então presidente Fernando Collor.

Em 1995, voltou para a ALMG, sendo reeleito por quatro mandatos consecutivos. Em 2002, o parlamentar se reelegeu pelo extinto PFL (atual Democratas). Em sua última passagem pela Casa, entre 2007 e 2011, exerceu o mandato pelo PSDB.