Ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal é preso por suposta interferência nas eleições de 2022

As investigações apontam que integrantes da PRF trabalharam com objetivo de dificultar o trânsito de eleitores no segundo turno das eleições 2022

Ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal é preso por suposta interferência nas eleições de 2022
Foto: Pedro França/Agência Senado

Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), foi preso na manhã desta quarta-feira (9), em Florianópolis, de onde seguirá para Brasília para cumprimento de prisão preventiva. A ação é desdobramento da operação “Constituição Cidadã”, que investiga sua suposta interferência no segundo turno das eleições de 2022.

Investigações apontam que integrantes da PRF direcionaram agentes da corporação e recursos materiais com o objetivo de dificultar o trânsito dos eleitores no dia 30 de outubro, quando aconteceu o segundo turno das eleições 2022.

A PRF informou que “os crimes apurados teriam sido planejados desde o início de outubro daquele ano, sendo que, no dia do segundo turno, foi realizado patrulhamento ostensivo e direcionado à região Nordeste do País”.

Durante as eleições,  pesquisas de intenção de votos apontavam que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tinha nítida vantagem sobre o candidato à reeleição, Jair Messias Bolsonaro (PL) na região Nordeste.

Outras ações

Policiais Federais também cumpriram na manhã desta quarta-feira mais de dez mandados de busca e apreensão, expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). As ações ocorrem nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Rio Grande do Norte.

A operação tem o apoio da Corregedoria Geral da PRF, que intimou para depoimento 47 policiais rodoviários federais. Os fatos investigados configuram crime de prevaricação (quando o servidor deixa de cumprir o seu dever), violência política e impedir ou atrapalhar a votação.