Festival !PULSA! reuniu 13 mil pessoas em Itabira

Entre 8 e 17 de setembro, Itabira experimentou a “escutaria” proporcionada pelo festival !PULSA! Movimento Arte Insurgente. O evento promoveu 34 atividades culturais como espetáculos teatrais, workshops, apresentações musicais e residências artísticas. Ao todo, 13 mil pessoas puderam conferir as intervenções artísticas do evento. 

A proposta buscou incluir a população itabirana tanto na plateia como na produção por meio de uma metodologia de troca. “Do ponto de vista curatorial, alcançamos o que queríamos que era trazer discussões estruturais da sociedade como questões raciais, de gênero, ecológicas e a noção ampla de periferia”, comemora a idealizadora Andreia Duarte.

Por meio dos cinco eixos temáticos Feminismo Artístico, Negritude Anticolonial, Vidas Trans-mudar, Arte Indígena Contemporânea e Coletivos Periféricos, o !PULSA! reuniu a arte em diversos formatos. Itabiranos puderam experimentar atrações como as instalações audiovisuais da artista indígena Zahy Tentehar, a roda de conversa com a itabirana Lia Maria da Conceição, e a apresentação teatral da renomada Elisa Lucinda. 

Os idealizadores do evento não escondem o desejo por uma possível segunda edição, mas reforçam que a decisão precisa ser tomada em conjunto. “Queremos desenvolver ações com os artistas locais para que possam ficar na cidade, gerando continuidade, valorizando as pessoas que trabalham e fazem cultura na região”, alega Andreia Duarte, que espera cada vez mais incentivo para ações como essa. 

Pelas ruas da cidade

Ao todo, sete lugares receberam eventos, entre eles o teatro e a galeria da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade; Casa do Brás; Lamoca – Escola Livre de Artes; Bar da Neide; Praça do Pará; e comunidade quilombola do Barro Preto. Além disso, viadutos, muros e ruas da cidade se tornaram telas para intervenções artísticas. Além disso, cerca de 120 artistas, técnicos, produtores e demais profissionais se dedicaram a fazer o evento acontecer.