Fisioterapeuta que se passava por médico em BH vai responder por crimes em liberdade

As investigações apontaram, ainda, que o fisioterapeuta também usava nomes de terceiros, outros médicos, para aviar as receitas

Fisioterapeuta que se passava por médico em BH vai responder por crimes em liberdade

Um fisioterapeuta que se passava por médico em Belo Horizonte vai pagar uma fiança de R$ 28 mil e responderá em liberdade pelos crimes de falsidade ideológica, estelionato, emissão ilegal de atestado médico, exercício ilegal de medicina e expor ao perigo a vida de outras pessoa. A decisão foi anunciada na manhã desta segunda-feira (1º), pelo juiz Leonardo Antônio Bolina Filgueiras, da Central de Inquéritos da capital mineira.

O juiz determinou que o alvará seja expedido após a assinatura, pelo fisioterapeuta, do termo de compromisso constando o cumprimento das medidas cautelares. O fisioterapeuta teve um pedido de habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais no último dia 27 de junho. Os desembargadores revogaram a prisão preventiva dele e fixaram medidas cautelares, como monitoração eletrônica por seis meses; proibição de manter contato com as vítimas; recolhimento do passaporte; recolhimento domiciliar noturno e nos dias de folga por seis meses; e suspensão do exercício profissional no Conselho Regional de Fisioterapia, além da fiança.

Durante as investigações realizadas pela Polícia Civil de Minas Gerais, foram apuradas 11 vítimas do falso médico, mas destas somente sete quiseram registrar queixa e passar por exames no Instituto Médico Legal (IML). Os exames são necessários para a produção de provas contra o falso médico.

As investigações apontaram, ainda, que o fisioterapeuta também usava nomes de terceiros, outros médicos, para aviar as receitas. “”Eram nomes de médicos já falecidos, ou inativos, ou mesmo que estão na ativa. Um deles era seu xará. Assim, não chamava a atenção. Uma médica, amiga deste médico clonado, chegou a chamar a atenção dele, de que outra pessoa estaria usando seu nome e CRM”, diz a delegada Gislaine Rios.

*Com informações do Estado de Minas