Flitabira: “é um movimento de resistência poder estar aqui e falar de poesia”, afirma Thiago Lacerda
Na noite de quinta-feira, o ator deu início a uma série de atividades em que participará na cidade durante o Flitabira
O ator Thiago Lacerda foi uma das principais atrações da inauguração do espaço cultural do 2º Festival Literário Internacional de Itabira (Flitabira), realizada na noite de quinta-feira (3). A arena, localizada na Praça do Centenário, na região central da cidade, conta com livraria, área gastronômica e dois palcos — o ViJazz, onde acontecem apresentações artísticas, e o Newton Baiandeira, que recebe as mesas-redondas sobre literatura e outros temas. E foi justamente neste último palco que Thiago Lacerda leu poemas do itabirano Carlos Drummond de Andrade, homenageado desta edição do evento.
Antes da apresentação, o ator falou com o portal DeFato sobre a alegria de poder interpretar os textos Drummondianos na terra do poeta — que se estivesse vivo completaria 120 anos em 2022. “Honraria máxima [ler Drummond em Itabira]. Eu estou atrasado no Flitabira, pois era para eu ter vindo no primeiro [realizado em 2021], mas não deu, agente acabou se enrolando, não sei se era data, mas, enfim, o fato é que a gente estava combinando para eu estar aqui. Eu botei uma pilha para ele [Afonso Borges, idealizador do evento] me chamar para podermos ter o privilégio de ler Drummond para Itabira, de voltar à obra dele e poder estarmos reunidos em torno da literatura, da poesia e de Drummond. É um prazer imenso e um privilégio, estou muito feliz”, destaca.
A leitura de poemas da última quinta-feira foi a primeira de uma série de atividades em que Thiago Lacerda participará durante a sua estadia em Itabira. Na manhã desta sexta-feira (4), o ator esteve na Escola Municipal Antônio Camilo Alvim, no Barreiro, e no campus local da Universidade Federal de Itajubá (Unifei) para duas rodas de conversas ao lado do rapper itabirano Thiago Skp. Já na quinta-feira (5), às 20h, ele retorna ao palco Newton Baiandeira para nova declamação dos textos Drummondianos.
“É essencial [levar a literatura para os jovens]. Ainda mais em tempos difíceis, tempos onde a cultura da gente é atacada, é vilipendiada e poder resgatá-la também é um movimento de resistência, poder estar aqui e falar de poesia, falar de amor, falar de literatura — de literatura brasileira —, poder levar isso para as escolas, para a universidade e falar com os jovens, falar da importância da literatura na vida da gente, na formação do indivíduo. Então acho que teremos uma jornada muito bonita e inesquecível”, avalia Thiago Lacerda.
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