Forças de segurança de Minas aprovam greve e pressionam governo por reajuste salarial
Vale ressaltar que a Constituição Federal determina que mesmo em casos de paralisação, os policiais precisarão manter efetivo mínimo em atuação.
Após um protesto que durou a manhã toda desta segunda-feira (21) na Praça da Estação, em Belo Horizonte, as forças de segurança pública de Minas Gerais aprovaram greve da classe até que o governo estadual se posicione sobre o reajuste salarial solicitado. Durante a tarde o movimento se concentrou na Praça da Assembleia, onde ocorreu a votação e aprovação da greve.
Os policiais pressionam o governo para que seja feita uma recomposição inflacionária dos vencimentos. A classe ressalta que o Executivo fez um acordo em 2019 para que fosse feito o reajuste, mas até o momento não cumpriu o acordo. A taxa seria de 41% até 2021.
Vale ressaltar que a Constituição Federal determina que mesmo em casos de paralisação, os policiais precisarão manter efetivo mínimo em atuação.
Cobrança
Em comunicado para a categoria, o subtenente da Polícia Militar e presidente da Aspra (Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais), fez apelo para que os agentes se mobilizassem na manifestação desta segunda-feira, em Belo Horizonte.
“Nós somos polícias de estado, não de governo. Nós temos um compromisso com a sociedade mineira, não com o governo”, disse o presidente em comunicado para a categoria.
A manifestação desta segunda-feira conta com caravanas vindas de diversas partes do estado de Minas Gerais e mobilizou a categoria dos agentes de segurança do estado.
Nota
O governo de Minas divulgou uma nota oficial sobre o tema, segue na íntegra.
“Desde o início da gestão atual, o Governo de Minas vem equilibrando as contas e recuperando a capacidade financeira do Estado, o que permitiu realizar o pagamento dos salários dos servidores públicos de Minas Gerais de forma integral, no quinto dia útil do mês, além da quitação do 13º salário sem parcelamentos.
O Governo de Minas sabe da necessidade da recomposição salarial do funcionalismo público e tem feito todo o esforço para que a correção da inflação seja possível para todos os servidores estaduais. A atual gestão reconhece a importância dos profissionais das Forças da Segurança para o Estado. Por isso, eles receberam reajuste de 13% em 2020. Além disso, foram os primeiros profissionais a receberem o salário em dia. Continuamos em amplo processo de negociação com os representantes dessas categorias na busca de uma nova recomposição, porque sabemos que ela é necessária.
A renegociação da dívida bilionária com a União, por meio do plano de recuperação fiscal, permitirá uma nova recomposição dos salários dos profissionais de segurança. Continuamos em busca de outras alternativas para fazer a reposição das perdas inflacionárias”.