Furto de celular teria motivado homicídio de morador de rua em Belo Horizonte
Segundo o delegado responsável pelo inquérito policial, a PCMG trabalha com três linhas investigativas quanto à motivação do crime
Após intensa investigação da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), três homens, de 18, 25 e 44 anos, foram presos em Belo Horizonte suspeitos de envolvimento no homicídio de um homem, de 42 anos, que viviam em situação de rua. O crime foi cometido em junho deste ano, na região do Barreiro, onde o corpo da vítima foi encontrado em um córrego, esfaqueado.
Conforme adiantou o delegado Guilherme Catão, responsável pelo inquérito policial, a PCMG trabalha com três linhas investigativas quanto à motivação do crime. “A principal seria uma briga provocada por conta do suposto furto de um celular de uma mulher pela vítima. Assim, os investigados teriam tentado intervir em favor dessa mulher e, com a intensificação da discussão, esfaquearam a vítima, provocando sua morte”, revelou o delegado.
Ainda de acordo com o delegado, as investigações também apontam que a vítima poderia estar envolvida no estupro da mãe de um dos suspeitos. “Além disso, existe a motivação do tráfico de drogas. A vítima era conhecida por receber dinheiro para comprar drogas, mas ele não realizava a transação e depois não devolvia o dinheiro também”, acrescenta Catão.
Com as investigações, conduzidas pela 2ª Delegacia Especializada de Homicídios do Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), a PCMG chegou a quatro suspeitos de envolvimento no crime. A Polícia Civil representou pelos mandados de prisão deles, que foram cumpridos na última quarta-feira (20).
“Pelo grande deslocamento que eles poderiam alcançar em apenas um dia e a difícil localização deles, uma vez que dois deles viviam em situação de rua, pedimos o auxílio da Polícia Militar, que cumpriu os mandados”, observa Guilherme Catão.
Dos três presos, um foi localizado no bairro Santa Mônica, na casa da mãe; o segundo, que já era monitorado por usar tornozeleira eletrônica, no Centro da cidade; e o último nas imediações do Barreiro. Todos os investigados já possuíam registros policiais anteriores e, após formalização das ordens judiciais, foram encaminhados ao sistema prisional. As investigações prosseguem para o cumprimento do quarto mandado de prisão e conclusão do inquérito policial.