Galerias da Fundação Cultural recebem exposições

As galerias térreo e 1º andar da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade (FCCDA) recebem, dia 15 de maio, quarta-feira, as exposições “A Mesa”, de Yara Tupinambá e “Minas por uma Estrada Real”, de Rafael Fernandes.   “A Mesa” é composta por 19 painéis em óleo sobre chassi de madeira e foi adquirida pela Fundação […]

As galerias térreo e 1º andar da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade (FCCDA) recebem, dia 15 de maio, quarta-feira, as exposições “A Mesa”, de Yara Tupinambá e “Minas por uma Estrada Real”, de Rafael Fernandes.
 
“A Mesa” é composta por 19 painéis em óleo sobre chassi de madeira e foi adquirida pela Fundação Cultural em 1999. O trabalho foi executado entre 1991 e 1992, inspirado na obra homônima de Carlos Drummond de Andrade, escrita em 1951.
 
Já “Minas por uma Estrada Real” são 8 quadros em óleo sobre tela que retratam paisagens da Estrada Real. As exposições ficarão abertas ao público até o dia 05 de julho.
 
 
 YARA TUPINAMBÁ – Nascida em Montes Claros (MG), Yara Tupinambá estudou no Pratt Institute de Nova York e foi aluna de Guignard e Goeldi. Ao longo de sua carreira, participou de vários salões de Arte Moderna, em diversos estados brasileiros, como as Bienais de São Paulo e Salvador, e representou a arte mineira em todas as grandes coletivas organizadas por entidades oficiais de Minas Gerais. Expôs, individualmente, em Paris, Nova York, Londres e Santiago do Chile.
 
O nome e a obras de Yara são referência em museus e coleções oficiais na Nigéria, Iugoslávia, Paris e Chile. Suas obras podem ser vistas nos principais museus do país (São Paulo, Belo Horizonte, e Brasília). Em reconhecimento a seu trabalho, recebeu o título de cidadã honorária das cidades de Belo Horizonte, Mariana e Ouro Preto. Entre os prêmios que recebeu, destaque para o de Personalidade do Ano 2004, no setor das Artes.
 
Yara Tupinambá também foi professora de gravura na Escola Guignard e na UFMG, onde também já esteve à frente da diretoria da Escola de Belas Artes.
 
A artista trocava cartas com o poeta itabirano Carlos Drummond de Andrade, muitas delas podem ser vistas no Memorial Carlos Drummond de Andrade em Itabira. 
 
"Você não poderia causar-me alegria maior do que essa de dar a meus versos representação plástica. Eles ficaram enriquecidos de uma vibração inesperada, alguma coisa cálida e multi-significativa: poesia ganhando corpo! Milagre de você, de sua criação numerosa que extrai inspirações de um fundo comum e insubstituível: O Mistério de Minas, como você bem o qualifica (e o capta tão bem!)" Carlos Drummond de Andrade – (em carta a artista)
 
RAFAEL FERNANDES – Artista plástico itabirano, 28 anos, autodidata.
Seus primeiros traços de arte aos 7 anos de idade. Quando reproduzia suas tarefas escolares ainda no primário. Depois disto não mais. Caprichava nas ilustrações dos deveres estudantis, utilizando horas de folga para reproduzir ilustrações de livros e desenhar super-heróis. Passou a infância com lápis na mão, aperfeiçoando sua técnica. Aos 14 anos, desenhou seu primeiro seu primeiro retrato com grafite: um modelo que aparecia no comercial de shampoo. Começou então a retratar amigos usando lápis comum.
 
Rafael nunca fez cursos de desenho a não ser oficinas e cursos de curta duração. No ano de 1996 fez um curso de desenho com a artista plástica Nydia Nogromonte que foi grande importância, já que foi o primeiro contato que teve com giz pastel, hoje, sua principal técnica de trabalho. Foi neste ano que começou a desenhar Santos o que marcou o seu estilo Sacro. De formação católica começou a fazer painéis para a igreja do bairro Vila Amélia onde reside.
 
A ligação do artista com a igreja fez com que sua arte ultrapassasse as fronteiras brasileiras; padre e missionários de outros países como a África, Bélgica, Filipinas, Colômbia, em visita a Itabira acabaram adquirindo suas obras. Além disto, a arte de Rafael decora paredes de residências nos Estados Unidos, Alemanha e França, uma delas na residência da modelo itabirana em Nova York.
Sua primeira exposição foi realizada em 1995, aos 14 anos, durante as comemorações de aniversário de Itabira. Depois fez uma no Museu de Itabira em 1997, outras duas no Centro Cultural (1998 individual e em 1999 coletiva) participou de vários programas na mídia local e na TV Educativa do Rio de Janeiro além de mostra na galeria da Cemig dentre outras em Belo Horizonte.
O artista pintou três painéis gigantescos para ornar o presbitério da Igreja Nossa Senhora do Rosário, no Bairro Viúva, em Barão de Cocais, trabalho do gênero foi realizado também em uma Capela de Ucrânia (cidade próxima a Ponte Nova/ MG).
 
Hoje o artista acha impossível calcular o número de trabalhos realizados.