Governo brasileiro repudia fala racista do presidente da Conmebol
Diante do ocorrido, o governo brasileiro cobrou a Conmebol e as Federações de Futebol da América do Sul para atuarem no intuito de coibir e reprimir atos racistas
Questionado pela imprensa, na terça-feira, sobre a possível saída de clubes brasileiros da Copa Libertadores, diante dos constantes casos de racismo contra atletas, em especial do Brasil, o dirigente da Conmebol afirmou em tom irônico que a Libertadores sem brasileiros é como “Tarzan sem Chita”, numa alusão a personagens de desenhos animados e cinema. Chita é um chimpanzé.
Em nota, o Itamaraty ressaltou que “as declarações ocorrem em um contexto em que as autoridades da Conmebol têm reiteradamente deixado de adotar providências efetivas para prevenir e evitar a repetição de atos de racismo em partidas organizadas, incluindo medidas para combater impunidades e promover a responsabilização dos responsáveis”.
Diante do ocorrido, o governo brasileiro cobrou a Conmebol e as Federações de Futebol da América do Sul para atuarem no intuito de coibir e reprimir atos racistas, discriminação e intolerância, além de promover “políticas de igualdade racial e compartilhar conhecimento e boas práticas para ampliar o acesso de pessoas afrodescendentes, imigrantes e outros grupos vulneráveis ao esporte”.
Após a grande repercussão de sua fala, Alejandro Domínguez foi às redes sociais para se desculpar.
Dominguez havia sido cobrado sobre medidas de punições ao Cerro Porteño, pelos ataques racistas contra o jogador Luighi, do Palmeiras, durante a Libertadores sub-20.