Governo contabiliza mil operações de combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami

As autoridades apreenderam cassiterita, ouro, combustíveis e antenas Starlink

Governo contabiliza mil operações de combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami
Foto: Ibama/Divulgação

O governo federal contabilizou no último sábado (13), um total de mil operações, no período de cinco meses, na Terra Indígena Yanomami. A ação aconteceu na região de Palamiú e teve como objetivo a retirada de garimpeiros ilegais.

De acordo com a Casa Civil da presidência da República, o combate a grupos criminosos é o principal propósito da inciativa, desde a instalação da Casa de Governo na cidade de Boa Vista, em fevereiro (29). A partir dessa data, 59 pessoas foram presas.

Os agentes apreenderam 18 aeronaves inutilizadas, mais de 72 mil litros de óleo diesel, 467 motores, 54 antenas Starlink, 38 mil quilos de cassiterita e mais 10.848 kg de ouro.

O governo pretende consolidar a retirada de invasores, bem como ampliar as políticas públicas para promover a autonomia dos Yanomamis, em especial na área da saúde e segurança alimentar.

Nilton Tubino, diretor da Casa de Governo, explica que sem o garimpo é possível garantir mais espaço para que o governo federal implemente iniciativas em prol da pauta indígena. “Ainda é preciso muito apoio para o resgate do povo Yanomamis, porque os estragos do garimpo, como a contaminação por mercúrio, a disseminação de doenças, somados aos anos de descaso, deixaram uma herança de terra arrasada. É para mudar esta realidade que estamos trabalhando incansavelmente”, argumentou o Tubino.

A entidade informou que diante das ações implementadas na região, já se percebe “queda acentuada” da atividade ilegal, bem como, o aumento dos custos para exploração do garimpo.

“O número de alerta de garimpo na terra Indígena teve queda de 73% no período de janeiro, fevereiro, março e abril de 2024, comparado ao mesmo período em 2023”, informou, em nota a pasta.

“Já os custos para a atividade do garimpo ilegal ficaram 40% mais caros”, acrescentou a Casa Civil.

* Com Agência Brasil.