Governo de Minas acena com convênio e duplicação das MGs 129 e 434 pode começar em um ano

Na tarde de quarta-feira (11), o prefeito de Itabira, Marco Antônio Lage (PSB), reuniu-se com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). Durante o encontro, que aconteceu na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, os líderes políticos discutiram a duplicação das rodovias MG-129 e MG-434, que ligam Itabira ao trevo da BR-381.

De acordo com a assessoria de comunicação da Prefeitura de Itabira, Romeu Zema se comprometeu a colaborar com a obra e indicou a elaboração de um convênio entre o Executivo itabirano e o Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG) para a execução da empreitada. A expectativa é de que em até um ano a obra esteja licitada e pronta para ser iniciada — o projeto também passará por um estudo de tráfego e de abrangência regional.

“Temos que duplicar e colocar Itabira a 1h de Belo Horizonte, a 1h15 do aeroporto de Confins — depois que o rodoanel estiver pronto. É alargar o espectro da Região Metropolitana de Belo Horizonte e colocar Itabira bem perto dela. Isso é estratégico, pois é uma obra que ajuda a garantir o futuro”, afirmou Marco Antônio Lage.

Foi a segunda reunião entre Marco Antônio e Romeu Zema. No encontro de quarta-feira o prefeito aprofundou sobre o projeto de duplicação das rodovias que margeiam Itabira e abordou os impactos positivos da obra. Para ele, aproximar o município da Região Metropolitana atrairá investimentos para cinco vertentes pensadas para a diversificação econômica de Itabira: agronegócio, turismo, polo de saúde, polo universitário e transformação da cidade em um centro logístico.

“Nova Lima e Caeté passaram por processos de exaustão mineral sem se preparem. O que salvou Nova Lima foi o setor imobiliário, pois está muito próxima de Belo Horizonte. Caeté sofreu um pouco mais, mas também está próxima. Se nós ficarmos isolados, sem estradas e sem minério, aí será um destastre e levará ao esvaziamente da nossa cidade. Então essa estrada é vital para Itabira”, avaliou Marco Antônio Lage.

Também participaram da reunião o prefeito de Conceição do Mato Dentro e presidente da Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais e do Brasil (Amig), José Fernando Aparecido de Oliveira; o deputado estadual, Bernardo Mucida (PSB); o secretário municipal de Obras de Itabira, José Maciel Paiva; e os secretários de Estado Igor Eto (Governo), Fernando Marcato (Infraestrutura) e Luiz Otávio de Oliveira Gonçalves (Gabinete).

Urgência na duplicação de rodovias

Durante o encontro, Bernardo Mucida solicitou ao Governo de Minas Gerais mais investimentos em infraestrutura e ressaltou a urgência da duplicação das MGs 129 e 434.

“Além de mostrar a importância desta obra para Itabira e região, queremos buscar o compromisso da Secretaria de Infraestrutura do Governo de Minas em licitar o projeto executivo nos próximos 90 dias para que possamos avançar, captar o recurso e fazer uma obra que é o sonho de toda a cidade”, destacou Bernardo Mucida.

O deputado estadual também solicitou que Zema ajude a cobrar junto ao Ministério da Infraestrutura a conclusão das obras de duplicação da BR-381, um dos principais acessos à Belo Horizonte. O empreendimento é conduzido pelo Governo Federal, por meio do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) em Minas Gerais.

“A BR-381 é um drama para o Estado de Minas Gerais e para quem pega aquela estrada numa sexta-feira à tarde para sair de Belo Horizonte, eu faço isso com frequência e te falo: as melhores rotas sempre passam por uma estrada de chão. É uma coisa vergonhosa para um estado do tamanho de Minas sairmos daqui [de Belo Horizonte] para ir a uma cidade que fica à 100km e ter que passar por uma estrada de chão”, observou Mucida.

Entenda

Dentre os projetos para a diversificação econômica de Itabira, está a duplicação das MG-129 e MG-434. Mas, para isso, será necessário um investimento de R$ 290 milhões. Para a realização do empreendimento, a Prefeitura já possui um projeto conceitual pronto e, agora, precisa desenvolver os projetos básico e executivo, além de buscar parceiros para custear as obras.

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