Governo de Minas confirma caso de gripe aviária na Região Metropolitana de BH e decreta emergência sanitária

Aves contaminadas estavam em sítio particular; medida não afeta a produção avícola no estado

Governo de Minas confirma caso de gripe aviária na Região Metropolitana de BH e decreta emergência sanitária
Foto: Reprodução/Dircinha/Flickr

O Governo de Minas Gerais confirmou, nesta segunda-feira (26), um caso de gripe aviária no estado. De acordo com nota oficial divulgada pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), a detecção foi feita em aves ornamentais em um sítio localizado na região metropolitana de Belo Horizonte.

Diante da confirmação, o governo estadual publicou no Diário Oficial decretando situação de Emergência Sanitária em Minas Gerais. A medida visa reforçar as ações de prevenção, controle e contenção da doença. O registro é do tipo Influenza Aviária de Alta Patogenicidade, que apresenta maior risco de transmissão entre aves e maior taxa de mortalidade para os animais contaminados.

O governo esclarece que, até o momento, não há qualquer comprometimento da produção avícola, que segue funcionando normalmente. A nota também reforça que a gripe aviária não é transmitida pelos alimentos, desde que carnes e ovos sejam corretamente cozidos.

A transmissão da doença para seres humanos é considerada rara e acontece apenas em situações de exposição intensa, como contato direto com aves doentes ou com alta carga viral, especialmente em pessoas com baixa imunidade.

Este não é o primeiro registro da doença em Minas Gerais. Em 2023, um pato de vida livre, da espécie Cairina moschata, foi diagnosticado com Influenza Aviária de Baixa Patogenicidade (H9N2), que costuma causar poucos ou nenhum sintoma nas aves e não oferece riscos à saúde humana. Diferente do último caso, o atual, por se tratar de alta patogenicidade, exige uma série de protocolos de biosseguridade, monitoramento e contenção.

De acordo com o Governo de Minas, todas as ações seguem os protocolos estabelecidos no Plano de Contingência da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade, elaborado em 2022 em parceria com o Ministério da Agricultura, estados e setor produtivo.

As medidas incluem:

  • Reforço na vigilância epidemiológica;
  • Ações de biosseguridade em granjas comerciais;
  • Monitoramento de propriedades de risco e criatórios de subsistência;
  • Políticas de educação sanitária;
  • Cadastro e vistoria em criatórios de aves;

A recomendação é que criadores, comerciais ou domésticos, redobrem os cuidados com a higiene e segurança sanitária, evitando contato de aves domésticas com animais silvestres e comunicando imediatamente qualquer suspeita de doença ao Instituto Mineiro de Agropecuária.