Governo federal inicia processo de privatização da BR-381, a “Rodovia da Morte”
Trechos de outras vias também estão inclusos na decisão
O Ministério da Economia abriu processo para privatização da Rodovia da Morte, a BR-381, trecho Belo Horizonte-Governador Valadares, em Minas Gerais. A decisão inclui trechos de outras rodovias. Entre esses, por exemplo, a ligação da BR-262 entre João Monlevade, no Vale do Aço, e Viana (ES).
Essas desestatizações constam, portanto, na Resolução CPPI 173, do Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (CPPI). A concessão será por 30 anos.O ministro da Economia, Paulo Guedes, e o secretário Especial (substituto) do PPI, Bruno Westin Prado Soares Leal, assinaram a resolução em 27 de abril e que foi publicada ontem.
Nos últimos 20 anos, inúmeras tentativas de privatização da BR-381 fracassaram. Entre os principais obstáculos, por exemplo, não ser duplicada. O processo de duplicação só foi iniciado no governo Dilma, mas teve de superar várias etapas burocráticas e políticas.
A CCPI 173 determina que o processo de “concessão como modalidade operacional para a desestatização” dos trechos das BRs 381 e 262 será em licitação por leilão via concorrência internacional.
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Rotina de acidentes
Nos últimos 15 dias, pelo menos quatro graves acidentes foram registrados na BR-381, o que faz jus à sua fama. Na última segunda-feira (17), uma carreta carregada com gesso tombou e pegou fogo em curva perigosa na altura do km 349, em trecho conhecido como “Curva do Boi”. O motorista do veículo, Adalberto Andrade da Silva, morreu carbonizado, preso às ferragens. A esposa, Luciene Silva Guimarães, foi socorrida pelo Serviço Voluntário de Resgate (Sevor) ao Hospital Margarida.
No domingo (16), na altura do km 317 da BR-381, em Nova Era, um ônibus da empresa Gontijo capotou durante viagem, por volta das 5h. O veículo seguia de Governador Valadares em direção à Belo Horizonte. O acidente deixou 10 vítimas, uma fatal e nove feridas.
O capotamento de um carro que provocou o arremesso de uma motorista em Nova União e uma tentativa de fuga que resultou em morte em João Monlevade também podem ser citados como outros acidentes graves ocorridos na rodovia da morte.