Grande BH: travesti foi morta após questionar ter recebido tijolo no lugar de droga

A vítima foi atingida com tiros na cabeça e chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital

Grande BH: travesti foi morta após questionar ter recebido tijolo no lugar de droga
Foto: Divulgação/Polícia Civil

Uma travesti, de 27 anos, foi morta no dia 23 de abril deste ano, no bairro Jardim Colonial, em Ribeirão das Neves, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Segundo as investigações da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), o motivo do crime teria sido porque ela questionou os traficantes de terem entregado pedaços de tijolo no lugar de uma porção de crack.

No dia do crime, a vítima estava em casa com dois amigos, quando os suspeitos entraram no imóvel. Um dos homens disparou duas vezes contra a travesti, atingida na cabeça. Ela chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital.

“O motivo do crime teria sido uma desavença pela venda de drogas, em que a vítima ao comprar uma certa porção de droga (crack), teria recebido pedaços de tijolo no lugar”, explica o delegado Marcos Rios, que coordenou as investigações.

Segundo o policial, isso teria ocasionado uma discussão entre a vítima e os traficantes da região, que espancaram a travesti por ela estar contando essa versão da história para outras pessoas. Dias depois, a vítima foi executada.

Dupla foi presa

As investigações da PCMG resultaram no indiciamento de dois homens, de 27 e 28 anos, por homicídio qualificado por motivo fútil e com recurso que dificultou a defesa da vítima. A Polícia Civil cumpriu mandados de prisão preventiva expedidos contra a dupla.

Entre os presos, um é apontado como executor e o outro, partícipe do crime. Os dois já haviam sido presos temporariamente no dia 17 de maio, sendo as prisões deles convertidas em preventiva.

Um terceiro investigado por envolvimento no crime, de 20 anos, foi vítima de homicídio na madrugada do dia 17 de maio. A Delegacia Especializada de Homicídios em Ribeirão das Neves investiga o caso. A suspeita é de que um dos comparsas da vítima tenha participação no crime.