Grupo de atas exige inclusão no plano de cargos e salários após fim do estágio probatório

Eles reivindicam elevação ao nível 2 assim que concluírem período de teste

Grupo de atas exige inclusão no plano de cargos e salários após fim do estágio probatório
Foto: Victor Eduardo/DeFato Online
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O encaminhamento à Câmara dos Vereadores, ocorrido há quase 20 dias, não significou o fim das discussões relacionadas ao novo plano de cargos e salários da Prefeitura de Itabira. Pelo contrário. Na última segunda-feira (16), um grupo de assistentes técnicos administrativos (atas) se reuniu com o presidente do Legislativo, Heraldo Noronha Rodrigues (PTB), solicitando ajuda para que também sejam contemplados pelo projeto. Eles representam 160 servidores que hoje se encontram em estágio probatório.

Entenda

Durante a gestão Ronaldo Lage Magalhães (União Brasil), foram convocados 50 atas, cujo estágio probatório termina até o fim deste ano. Desta forma, eles subirão para o nível 2 e, consequentemente, serão inseridos no plano de cargos e salários, ganhando um aumento de aproximadamente R$ 90. Os grupo que se reuniu com Heraldo, por outro lado, foi convocado na gestão Marco Antônio Lage (PSB) e concluirá o estágio probatório nos próximos anos, sem figurar entre os contemplados do plano.

Eles admitem a necessidade de cumprir o estágio probatório, cuja duração é de três anos, mas exigem que sejam elevados ao nível 2 logo após o fim do período. Para o grupo, seria injusto não receber o aumento previsto pelo plano apenas por terem sido convocados depois dos demais.

Falta de isonomia

Preferindo não se identificar, uma servidora da Educação comentou sobre o dilema vivido por eles. “Desde o início do planejamento do plano, temos visto que eles estão separando a classe de atas entre os que já estão pós estágio probatório e os que ainda não passaram. E agora, com o que foi divulgado, por volta de 210 estão no estágio probatório. E dentro dessas, 50 saem do estágio probatório agora, antes da aprovação do plano, e subirão de nível automaticamente. Mas o restante não”, explica.

A servidora também pede isonomia no processo, além de acusar o Governo Municipal de criar “rachas” dentro do funcionalismo público de Itabira.

“Não é justo, tem que trabalhar com isonomia. Concordo que é preciso cumprir o estágio probatório, mas nós já somos nomeados e efetivos, temos que sair do estágio probatório e subir pro nível 2, como todo mundo. Quem entrar a partir da aprovação do plano, ok, se encaixa de uma outra forma, mas no nosso caso já tem que subir. E ele (Governo) está separando a classe novamente, está tentando fazer isso desde o início e agora continua”, protesta. 

Otimismo

Já Heraldo Noronha prometeu lutar pelo grupo e mostrou confiança no atendimento da demanda. “Eu tenho quase certeza que o Governo se preocupará em atender eles. Não justifica deixar esses servidores prejudicados porque eles foram chamados depois dos outros”, disse.

O presidente da Câmara, no entanto, pontuou as limitações do Legislativo dentro do contexto. “Não tem como a Câmara propor uma emenda que onere a folha de pagamento da Prefeitura. Tem como a gente cobrar uma atenção especial com esse servidor, e eu creio que o governo terá interesse em atendê-los”, finaliza.

A reportagem da DeFato Online solicitou um posicionamento da Prefeitura sobre o tema, mas não obteve retorno. O espaço segue disponível para eventuais esclarecimentos.