Guerra na Ucrânia: Papa denuncia “inaceitável agressão armada”

Já a ONU divulgou que o número de refugiados da Ucrânia após invasão da Rússia supera os 2,6 milhões

Guerra na Ucrânia: Papa denuncia “inaceitável agressão armada”
Foto: Vatican Media

O papa Francisco criticou, no domingo (13), a “inaceitável agressão armada” na Ucrânia, embora sem mencionar a palavra Rússia. O pontífice qualificou Mariupol, cidade no sudeste do país cercada, como “uma cidade mártir” da guerra em território ucraniano.

“Diante da barbárie da morte de crianças, pessoas inocentes e civis indefesos, não há razões estratégicas que se sustentem: a inaceitável agressão armada precisa apenas ser interrompida, antes que isso reduza as cidades a cemitérios”, afirmou o papa, na Praça São Pedro.

O pontífice, que tem como uma de suas prioridades manter boas relações com a Igreja Ortodoxa Russa, tem evitado culpar especificamente a Rússia. Ele ainda agradeceu a grande rede de solidariedade formada para ajudar os refugiados ucranianos, agora em cerca de 2,7 milhões, segundo a Organização das Nações Unidas.

Refugiados da Ucrânia supera 2,6 milhões, diz ONU

O número de pessoas que fugiram da Ucrânia após a Rússia invadir o país supera agora os 2,6 milhões, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). O ritmo de saída das pessoas do território ucraniano desacelerou um pouco das máximas vistas por volta de 7 de março, quando mais de 200 mil pessoas buscaram abrigo em outros países. No sábado (12), mais de 151 mil pessoas deixaram a Ucrânia, informou o Alto Comissariado para Refugiados da ONU.

A Rússia ataca a Ucrânia desde 24 de fevereiro e o fluxo de refugiados superou 150 mil pela primeira vez em 27 de fevereiro. Ele tem seguido acima dessa marca desde então.

A Polônia recebeu mais de 1,5 milhão de refugiados da Ucrânia, segundo os dados da ONU. Já o ministro das Relações Exteriores da Moldávia disse que seu país registrou mais de 314 mil refugiados desde o início dos conflitos até este sábado. Destes, mais de 100 mil seguem no país, sendo que 91% são mulheres e crianças, disse ele, citando informações da ONU.

* Com Estadão Conteúdo.