Guilherme Schimidt e Ketleyn Quadros são eliminados nas oitavas do judô em Paris 2024
Os dois judocas venceram um confronto e foram derrotados no segundo, sem chances de avançar à repescagem, quando há a chance de brigar pela medalha de bronze
As chances de medalha para o judô brasileiro acabaram cedo nesta terça-feira (30). Guilherme Schimidt e Ketleyn Quadros foram eliminados logo nas oitavas de final em suas categorias nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Ketleyn foi medalhista olímpica em Pequim 2008, enquanto Schimidt vinha sendo um dos brasileiros mais consistentes da temporada.
Os dois judocas venceram um confronto e foram derrotados no segundo, sem chances de avançar à repescagem, quando há a chance de brigar pela medalha de bronze. Aos 36 anos, em sua terceira Olimpíada da carreira, Ketleyn iniciou sua trajetória na categoria até 63kg vencendo a espanhola Cristina Cabana Perez. Ela obteve um waza-ari aos 36 segundos de luta e finalizou com um ippon.
Na sequência, a brasileira encarou a local Clarisse Agbegnenou, atual campeã olímpica. E acabou sendo derrotada ao levar um waza-ari a apenas três segundos do fim do tempo normal da luta. “Geralmente, quando a gente se prepara para a Olimpíada é para isso, para o jogo duro. Isso não me assusta. Eu me senti confiante. Mas é luta e tudo se define no detalhe. Lógico que fica a chateação. Entrar com chance de medalha era meu objetivo. Vim aqui dar o meu melhor. Tentar e arriscar e conseguir a medalha”, lamentou a judoca, em entrevista à TV Globo.
A judoca é a primeira brasileira mulher a ser medalhista olímpica numa categoria individual, quando conquistou o bronze em Pequim 2008. Ela não conseguiu se classificar para os Jogos de Londres 2012 e Rio 2016. E, em Tóquio, há três anos, foi eliminada na repescagem, muito perto de repetir o bronze.
No judô masculino, o Brasil foi representado na categoria até 81kg por Guilherme Schimidt, que superou Edi Sherifovski, da Macedônia do Norte, por waza-ari. Em seguida, o brasileiro foi eliminado pelo italiano Antonio Esposito no golden score, com um waza-ari.
“Já tinha vencido ele duas vezes e sempre é uma luta um pouco chata porque ele luta taticamente. Infelizmente, ele conseguiu me anular na pegada, apesar de achar que não foi waza-ari no golden score. Estou triste, mas o sonho não acabou”, comentou o judoca. Os dois atletas ainda poderão participar da disputa por equipes mistas.
Até agora, o Brasil soma três medalhas em Paris 2024, duas delas conquistadas pelo judô, ambas no sábado. Willian Lima faturou a prata na categoria 66kg enquanto Larissa Pimenta levou o bronze até 52kg.