‘Há uma preocupação’, diz gerente da Cisne sobre a demora na aprovação do novo subsídio da Prefeitura

Durante a reunião do Conselho Municipal de Transportes e Trânsito (CMTT), realizada na tarde de ontem (8), o gerente da Unidade de Negócios da Transportes Cisne, Ely José de Almeida, disse estar ‘‘muito tranquilo’’ em relação à renovação do subsídio pago pela Prefeitura à Cisne, pois há uma grande sintonia entre a empresa e o município para que aconteçam melhorias na qualidade da prestação do serviço. No entanto, segundo o gerente, a demora da aprovação da Câmara Municipal sobre o aporte financeiro à concessionária, pode causar revisão nos valores do repasse, ou até mesmo, o aumento da passagem aos usuários. 

O primeiro subsídio da Prefeitura à Cisne, estimado em R$6 milhões, se encerrou no último dia 28 de fevereiro. Através do apoio, a tarifa total (que custa R$5,85) é cobrada a R$4. Mesmo após o fim do repasse, o valor segue sendo praticado pela empresa, que ainda não sabe o tamanho do impacto e como isso será solucionado.

‘‘Claro que me preocupa a tarifa de R$4 sem subsídio. É uma renda muito menor para a empresa, que lá na frente vai nos dar um prejuízo enorme. Mas tenho confiança que vai chegar o fim do mês e vamos conseguir resolver esse impasse’’, disse o gerente.

A Prefeitura já enviou à Câmara o projeto de lei que busca destinar mais R$34.9 milhões de subsídio à Cisne pelos próximos dois anos, garantindo que as tarifas aos usuários sejam de R$3. Apesar do novo contrato da concessão ter sido renovado pela Prefeitura, a Câmara ainda não votou pela aprovação do subsídio e também não estipulou uma data para avaliação dos vereadores. 

‘‘Há a necessidade desse estudo, mas alguém tem que pagar, porque não tem como a empresa bancar isso. A gente tem esse mês para trabalhar e resolver, esperamos isso […] Há uma preocupação, claro, mas vamos esperar. temos um empenho muito grande da empresa, do município, dos vereadores…todos tem que estar sendo ouvidos dentro desse processo’’

Segundo Ely, um estudo que vem sendo realizado junto à Cisne, apontou que com a atual frota de 67 veículos, a tarifa de ônibus em Itabira deveria custar cerca de R$6.89. No entanto, o gerente afirmou que não significa que a tarifa será praticada neste valor. 

Após a fala de Ely, o superintendente Flávio Roiman, destacou algumas ações de melhorias que já foram realizadas como contrapartidas ao subsídio, como a criação de 231 novos horários, o desenvolvimento de um aplicativo com informações sobre os ônibus, mais veículos de reforço em horários de pico – iniciado essa semana – e a criação da central de monitoramento em tempo real.