Hino “Oh, Minas Gerais” é composição de um santamariense
Minas Gerais completa, hoje (2), 300 anos de emancipação política
Nessa quarta-feira, 2 de dezembro, os mineiros estão em festa! Minas Gerais comemora seus 300 anos de emancipação política. A data faz referência ao desmembramento de São Paulo e de Minas Gerais, por decisão de D. João V, Rei de Portugal, em 1720.
Para homenagear o nosso estado nessa data tão emblemática, a DeFato Online relembra um pouco da história da música que se tornou o hino não-oficial dos mineiros: “Oh, Minas Gerais!”. A canção, composta pelo santamariense José Duduca de Morais, foi adaptada de uma tradicional valsa italiana, chamada “Viene sul mare”.
A música chegou ao estado trazida por companhias líricas e teatrais da Itália, em meados do século XIX e início do século XX. A primeira versão brasileira foi escrita pelo cantor boêmio carioca Eduardo das Neves. Nela, o artista glorifica o encouraçado “Minas Geraes”, da Marinha Brasileira, em 1910.
Nova versão
Com o passar dos anos, as pessoas foram modificando a letra e substituindo por expressões relacionadas ao território mineiro. Assim, na década de 40, José Duduca de Moraes fez adaptações na letra, celebrando de vez o território mineiro. Ele gravou a derradeira versão em 1942.
De lá para cá, “Oh, Minas Gerais!” se transformou no hino popular mineiro, reconhecido dentro em fora do estado. Apesar de ter caído nas graças dos mineiros e conquistado o coração dos brasileiros, o hino nunca foi oficializado pelo governo mineiro. Isso porque é preciso que a música seja aprovada em concurso público ou em decreto do governo estadual.
E não foi por falta de tentativas. Em 1985, apesar de 72 inscrições inéditas em um concurso público, o corpo de jurados não aprovou nenhuma das concorrentes. Houve nova tentativa em 1992, por meio da Assembleia Legislativa. A única exigência era que as composições respeitassem o tema “Inconfidência Mineira”. Mesmo com 570 músicas, novamente, a comissão técnica desclassificou todas. O motivo: não se aterem ao tema, serem desrespeitosas e não atingirem qualidade suficiente para ocupar o posto.
Em Itabira, o Coral da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade (FCCDA), fez uma bela interpretação da música que que diz tanto sobre Minas Gerais e os mineiros. Confira!