História de superação nas Olimpíadas 2024: conheça Raquel Kochhann, porta-bandeira do Brasil em Paris
A atleta foi diagnosticada com câncer de mama e com um tumor ósseo no peito
Raquel Kochhann tem 31 anos e é atleta o rugby 7, sendo inclusive uma das líderes das Yaras, alcunha da seleção brasileira. Para além da liderança, Raquel é também uma referência para as companheiras e para outras atletas. Nas Olimpíadas de Tóquio 2020, a atleta natural de Saudades, em Santa Catarina, descobriu um caroço na mama, que não a impediu de competir. No entanto, quando voltou ao Brasil e passou por exames, foi diagnosticada com câncer de mama e com um tumor ósseo no peito. Ela enfrentou uma mastectomia (retirada das mamas) e seis sessões de quimioterapia. Agora, recém-recuperada, há pouco mais de seis meses, ela retornou às competições e vai disputar as Olimpíadas pela terceira vez na carreira.
E as Olimpíadas de Paris se tornam ainda mais especial para Raquel Kochhann. Isso porque ela será a porta-bandeira do Time Brasil na Cerimônia de Abertura do maior evento multiesportivo do mundo.
A jogadora de rugby sabe enfrentar e vencer desafios, e em Paris ela espera vencer mais um desafio na sua vida. Raquel foi diagnosticada com dois tipos de câncer, na mama e no osso esterno, além de realizar uma cirurgia para reconstrução do ligamento cruzado anterior do joelho, a jogadora precisou enfrentar outra batalha, desta vez fora do campo de rugby e pela sua saúde.
“Antes das Olimpíadas de Tóquio eu percebi um caroço na mama direita e conversei com o pessoal médico da Confederação, mas os exames estavam tranquilos. Seis meses depois esse caroço tinha duplicado de tamanho. Retirei e a biópsia apresentou células cancerígenas. Depois encontraram anormalidade no esterno e comecei a fazer radioterapia e quimioterapia para neutralizar esse câncer. Hoje ainda sigo com o tratamento de bloqueadores”, explicou.
Além da gratidão por mais uma olimpíada, Raquel também se mostra grata pela parceira das companheiras da seleção. “Meu time é incrível e sempre me ajudou muito com a saúde mental. Nos treinos elas sempre brincavam e me ajudavam e eu retribuía como podia, mesmo que não pudesse treinar. Ajudava filmando com o drone, com feedback. Esse coletivo me auxiliou no processo e foi dessa maneira que encarei o tratamento: um passo de cada vez para voltar ao campo”, completou a atleta.