Homem condenado por morte de promotor em BH é preso novamente
O empresário Luciano Farah foi condenado a 21 anos e seis meses pelo assassinato do promotor do Ministério Público, Francisco Lins do Rêgo, em 2002.
O empresário Luciano Farah Nascimento, condenado a mais de 21 anos de prisão em 2002 pela morte do promotor de Justiça Francisco Lins do Rêgo, voltou a ser preso nesse sábado (16), em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O novo pedido de prisão foi feito pelo Ministério Público de Minas Gerais ao Tribunal de Justiça do estado.
Segundo a denúncia do Ministério Público, Farah havia cometido outro homicídio com a mesma arma utilizada no assassinato do promotor de Justiça. O outro crime aconteceu 10 dias antes, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, quando a vítima foi atingida por pelo menos 16 disparos.
Dez dias antes e com a mesma arma utilizada no assassinato de Francisco Lins, Farah havia concorrido para outro homicídio, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, oportunidade em que a vítima foi atingida por pelo menos 16 disparos.
“Após a realização de dois julgamentos pelo Tribunal do Júri e de sucessivos recursos, ele e o executor do crime tiveram a pena concretizada pelo TJMG, em 16 anos de reclusão.O MPMG, diante da pena fixada, provocou o Tribunal para que expedisse mandado de prisão, já que, desde a aprovação da lei popularmente conhecida como “Pacote Anticrime” – Lei 13.964/19, as condenações no Tribunal do Júri com pena igual ou superior a 15 anos devem ser imediatamente executadas”, informou o órgão.
O argumento apresentado pelo MPMG foi acolhido pelo Tribunal de Justiça, que expediu mandado de prisão no dia 15 de março, o qual foi cumprido no dia seguinte.
O crime
O empresário Luciano Farah foi condenado a 21 anos e seis meses pelo assassinato do promotor do Ministério Público de Minas Gerais, Francisco Lins do Rêgo, em 2002. A vítima foi morta em razão das investigações que comandava para combater a adulteração de combustíveis em Belo Horizonte e Região Metropolitana.
O crime aconteceu no dia 25 de janeiro de 2002 na Região Centro-Sul de BH, quando ele estava a caminho do trabalho. Ao parar no semáforo da Rua Joaquim Murtinho com a Avenida Prudente de Morais, no bairro Santo Antônio, o carro do promotor foi emparelhado por uma moto com dois passageiros. A motocicleta avançou e o condutor deu a ordem ao carona: “Atira!”. Mais de dez tiros atingiram o promotor, que morreu na hora.
Luciano Farah Nascimento, que conduzia a moto, foi apontado como o mandante do crime e o atirador era o soldado Édson Souza Nogueira de Paula.