Homem que perseguiu jornalista mineira é absolvido pela Justiça

O réu perseguiu a profissional de imprensa de novembro de 2022 a março de 2023

Homem que perseguiu jornalista mineira é absolvido pela Justiça
Foto: Reprodução/Redes sociais

Investigado por perseguir e ameaçar a jornalista Mônica Fonseca, apresentadora do A Hora da Venenosa, da TV Record Minas, Fabiano da Silva Ferreira (42), foi absolvido pela Justiça por ser considerado inimputável devido a uma doença mental.

No entanto, Fabiano deverá ser internado em hospital psiquiátrico para tratamento da doença.

Na decisão, o juiz Milton Lívio Lemos Salles, da Quarta Vara Criminal de Belo Horizonte, lembrou que o réu já tinha registrado sete boletins de ocorrência por perseguir a apresentadora.

Fabiano perseguiu Mônica Fonseca entre novembro de 2022 e março de 2023.

A jornalista estava recebendo mensagens pelas redes sociais desde novembro e o homem ainda tentava contato presencial com Mônica Fonseca, chegando a enviar uma bandeja de carne moída crua à apresentadora, na sede da TV. Fabiano também enviou uma carta mencionando fazer uma carnificina com o fim de conhecê-la, o que configurou crime de ameaça. Fabiano chegou a levar até a sede da Record TV uma caixa com bombons e uma rosa, afirmando que queria se casar com ela.

Apesar de nunca ter sido preso, ele era investigado por situações de perseguição e estelionato, quando afirmava que era produtor de cinema com conhecimento adquirido em Hollywood, embora nunca tenha trabalhado na área e lucrado com o golpe.

Apesar do pedido de condenação, o juiz reconheceu a inimputabilidade do réu, em face do resultado do Laudo de Sanidade Mental acusar que Fabiano é “inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato de se determinar e em conexão com eles por motivo de doença mental”.

Diante do laudo, o juiz atendeu solicitação do Ministério Público e determinou a absolvição de Fabiano da acusação de perseguição e a aplicação de uma medida de segurança, que foi a internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico, por ao menos dois anos, além de determinar que o réu não precisa indenizar a vítima.

A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), em nota, informou que Fabiano já está em tratamento no Centro de Apoio Médico e Pericial, unidade de saúde do Depen-MG em Ribeirão das Neves, região metropolitana de BH.