Homem que matou sargento da PM em BH atirou para não voltar para a cadeia

O homem que atirou contra o sargento estava em saída temporária do sistema prisional e deveria ter retornado dias antes do crime

Homem que matou sargento da PM em BH atirou para não voltar para a cadeia
(Foto: Reprodução/Instagram/Deputado Federal Pedro Aihara)

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu as investigações sobre a morte do sargento da Polícia Militar, Roger Dias da Cunha, de 29 anos. O policial morreu após ser baleado durante uma perseguição no bairro Novo Aarão Reis, região Norte de Belo Horizonte, na noite do dia 5 deste mês. O foragido que atirou contra o militar confessou o crime e disse que atirou para não voltar para a cadeia.

O homem que atirou contra o sargento estava em saída temporária do sistema prisional e deveria ter retornado dias antes do crime. Com a conclusão das investigações da Polícia Civil, o investigado, de 25 anos, responderá pelos crimes de homicídio qualificado por motivo torpe, motivo fútil, dissimulação que dificultou a defesa da vítima, para assegurar impunidade em outro crime e pelo fato de as vítimas serem agentes de segurança – nas modalidades consumadas e tentadas; desobediência; resistência e porte ilegal de arma de fogo.

O investigado já tem registros policiais pelos crimes de roubo majorado, posse para uso e consumo de drogas, tráfico de drogas, furto qualificado, receptação, ameaça, vias de fato e falsidade ideológica.

Outro homem, de 33 anos, que foi comparsa do que atirou contra o sargento Roger Dias da Cunha, também vai responder por homicídios qualificados nas formas consumadas e tentadas. Outros cinco policiais militares também foram vítimas das ações criminosas, além de um motociclista.

Prisão

Os investigados foram presos em flagrante e, posteriormente, a prisão convertida em preventiva por representação da PCMG. O suspeito de 25 anos já se encontra no sistema prisional, enquanto o de 33 permanece sob escolta policial em unidade hospitalar.

Trabalho das instituições

Durante coletiva de imprensa, a chefe do Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegada Alessandra Wilke, chamou a atenção para a importância da conclusão dos trabalhos policiais. “Não podemos deixar de ressaltar que este foi um caso de afronta às forças de segurança e, como tal, entendemos que é uma afronta à toda população, uma vez que o papel maior da polícia é preservar vidas e resguardar a sociedade”, destacou.

Já a porta-voz da PMMG, major Layla Brunella, agradeceu à Polícia Civil os levantamentos realizados na apuração dos fatos e enfatizou a integração entre as instituições. “Nós somos uma força que atua em conjunto. Está cada vez mais evidente em todos os estados de que não existe essa ou aquela instituição atuando isoladamente, mas sim uma legítima força de segurança. E eu acredito que o falecimento do sargento Dias serviu para deixar isso claro para a sociedade, daquilo que como policiais já sabemos”, declarou.