Plano de crescimento do HNSD promete evitar transferências de pacientes a Belo Horizonte

Projeto foi apresentado a representantes do Ciscel nesta semana

Plano de crescimento do HNSD promete evitar transferências de pacientes a Belo Horizonte
Foto: Divulgação/HNSD
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Apresentado nesta semana ao Consórcio Intermunicipal de Saúde Centro Leste (Ciscel), o “HNSD 2030”, plano de crescimento do Hospital Nossa Senhora das Dores, promete mudanças importantes no setor de saúde da região. Entre as principais, a ampliação do espaço físico do hospital e a oferta de novos serviços que, consequentemente, possibilitariam aos pacientes itabiranos realizarem tratamento na própria cidade, sem necessidade de viagem a Belo Horizonte.

O diretor executivo do HNSD, Alexandre Coelho, detalhou quais são as ideias centrais do plano de crescimento.

“As metas de crescimento são desenvolver as áreas de alta complexidade que o hospital já oferta, mais especificamente na área cardiovascular, com ampliação do serviço de hemodinâmica. Em 2023, foram mais de 240 procedimentos neste serviço, evidenciando a vocação que o hospital tem para a alta complexidade. Também haverá a expansão da área oncológica, em que nós vamos passar de Unacom para Cacom, o que significa que teremos um centro completo (quimioterapia e radioterapia), além de necessidade de ampliação dos serviços de hemodiálise. Temos, também, como retaguarda, a meta de construção de mais uma UTI de 10 leitos com perfil cardiológico e uma nova ala de apartamentos”, ressalta.

HNSD
Foto: Ascom/HNSD/Divulgação

O HNSD 2030 prevê, ainda, importantes mudanças estruturais no centro hospitalar. Todas visando maior conforto e acessibilidade ao paciente da região.

“Temos esse desenvolvimento da alta complexidade, além da revitalização e reestruturação de alguns setores de apoio, como a ampliação do Serviço de Nutrição e Dietética (SND), local destinado à preparação dos alimentos para os pacientes e colaboradores. Também teremos a construção de um novo estacionamento para gerar uma melhor acessibilidade tanto para os colaboradores quanto para os acompanhantes e pacientes que utilizam os nossos serviços; a nova portaria para melhorar a acessibilidade, o embarque e desembarque dos pacientes que vão utilizar o serviço de hemodiálise e da radioterapia que será inaugurada em breve”, completa Alexandre.

Sem estrada

Ainda de acordo com o diretor, o cumprimento das metas traria impactos significativos à região. Uma delas o fim da necessidade de transferir pacientes de Itabira e outros municípios para Belo Horizonte, cuja oferta de serviços de saúde já se encontra saturada.

“O hospital já é referência para três microrregiões, abrangendo 450 mil habitantes. E com esse plano sendo cumprido à risca, o HNSD vai conseguir ser elevado para uma resolutividade maior, trazendo uma gama de serviços que antes eram encaminhados para Belo Horizonte. Ou seja, a gente consegue encurtar 100 quilômetros de uma estrada, de uma viagem, e oferecer serviço aqui com a mesma qualidade. Então, isso agrega muito valor, principalmente aos pacientes que fazem tratamento radioterápico, que já sofrem com o tratamento, e são submetidos a viagens mais longas e mais cansativas”.

Investimento público

Por fim, Alexandre Coelho destaca o papel fundamental do poder público no plano de crescimento. Uma das alternativas de financiamento a essas medidas, diz, são as emendas parlamentares, articuladas por deputados, prefeitos e vereadores da região.

“Na reunião no Ciscel, a gente apresentou o projeto que envolve todos os prefeitos e gestores da nossa micro, especialmente de Itabira. O projeto de crescimento do hospital foi detalhado, mostrando que esse crescimento vai atender a demanda de Itabira e região. Uma demanda que Belo Horizonte não tem conseguido mais atender, demorando muito nas transferências. Então, quanto mais nós nos tornamos mais resolutivos, melhor atendemos nossos pacientes. E os prefeitos podem, por meio dos seus parlamentares, que são representados na Câmara, fazer a captação de emendas capazes de contribuir para que essa estrutura projetada para 2030 seja toda viabilizada”.

“Precisamos revitalizar o parque energético, a matriz energética do hospital e algumas reformas pontuais e preparar o hospital para esse crescimento. E por meio dos parlamentares, representados por cada gestor, será possível destinar recursos e emendas parlamentares que vão fortalecer essa rede”, finaliza o diretor executivo.