Impressões preliminares (e receosas) do governo que se inicia
A revogação da lei que permitia menor burocracia à posse de armas poderá ser o facilitador para as ações dos marginais
Me deixam apreensivo algumas promessas de campanha do hoje “eleito” presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A revogação da lei que permitia menor burocracia à posse de armas poderá ser o facilitador para as ações dos marginais que, apostando nas vítimas indefesas, podem, a partir dessa decisão, invadir residências, assaltar comércios, sítios e fazendas mais rotineiramente, colocando vidas em risco.
Para que essa medida fosse tomada em paridade com a população do bem, que se arma no intuito de sua defesa pessoal e do seu patrimônio, seria interessante que os poderes constituídos se preocupassem em desarmar primeiro os bandidos que pululam pelas ruas e favelas de todas as cidades do país.
Outra promessa de campanha reiterada na cerimônia de posse é o da regulação da mídia, que, traduzindo, vai restringir o livre expressar dos órgãos de comunicação e redes sociais, além de pessoas autônomas.
Pretende-se criar na SECOM uma secretaria que cuide de monitorar as redes sociais.
Essa ideia não cabe a um regime democrático de direito, e as possíveis fake news publicadas deveriam ser contestadas na justiça pela pessoa ou instituição que se sentir atingida.
A mesma mídia que fustigou Bolsonaro durante o seu mandato, corre o risco agora de se tornar vítima do próprio veneno.
Essa medida contraria o senso de democracia e atenta perigosamente contra a Liberdade de Expressão, símbolo maior de uma nação que respeita os direitos dos seus cidadãos.
A partir dessa medida, a mídia se sentirá intimidada em denunciar possíveis irregularidades dos nossos políticos, sob pena de processo; um prato cheio para que a corrupção fique acobertada.
Lula deu a entender, também, que promoverá ações contra seus opositores, contrariando a fala nas três cerimônias de posse, quando disse que será o presidente de todos os brasileiros; indiferente da ideologia política.
Isso significa que os veículos de comunicação (raros) e usuários das redes sociais que se opuseram ao seu nome certamente serão vigiados e até censurados (há intenção de se criar uma pasta para essa vigilância), é o que promete Flávio Dino, ex-governador do Maranhão e hoje ministro da Justiça.