Imunizante Qdenga: uma das maiores conquistas da medicina moderna
A proposta dessa vacina é a prevenção da Dengue em pessoas de 4 a 60 anos
A Dengue é uma doença viral transmitida, principalmente, pelo mosquito Aedes Aegypti e possui quatro sorotipos em nosso meio, levando a um aumento da gravidade potencial dos casos clínicos. Paralelamente a isso, a recuperação da infecção por um sorotipo proporciona imunidade vitalícia apenas contra esse sorotipo. A exposição posterior para qualquer outro sorotipo restante pode estar associada a um risco aumentado de doença grave.
O novo imunizante, chamado Qdenga, foi desenvolvido pela farmacêutica japonesa Takeda Pharma e aprovado recentemente pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Representa uma das vacinas existentes no mercado contra a Dengue, porém ela se baseia no sorotipo 2 do vírus vivo atenuado da Dengue, que fornece o “esqueleto” genético para os quatro sorotipos do vírus da Dengue, e que foi concebida para proteger contra qualquer um desses sorotipos.
A proposta dessa vacina é a prevenção da Dengue em pessoas de 4 a 60 anos. Diferentemente das vacinas existentes no mercado, a Qdenga não faz distinção entre quem teve ou não a doença, qualquer pessoa poderá ser imunizada. Nota-se também uma amplitude na faixa etária, o que possibilita maior cobertura por esse novo imunizante. A sua eficácia geral é de 80,9% sendo, para os casos clínicos graves, uma eficácia de 95,0%. A administração é via subcutânea, em um esquema de duas doses, com um intervalo de três meses entre as aplicações. A Qdenga é contraindicada para gestantes, na amamentação e pessoas imunocomprometidas por ser uma vacina contendo o vírus atenuado.
Em 2022, a Dengue levou a óbito mais de 1.000 (mil) brasileiros. Ela permanece como uma ameaça significativa para a saúde global, especialmente em países tropicais. A vacinação é uma das maiores conquistas da medicina moderna e tem sido crucial para prevenir e controlar uma variedade de doenças infecciosas, muitas das quais já foram devastadoras no passado, além de prevenir doenças e salvar vidas, promove um mundo mais saudável, igualitário e produtivo. Vamos vacinar?
O conteúdo expresso é de total responsabilidade do colunista e não representa a opinião da DeFato.