Início do apocalipse econômico? Taxações de Trump derrubam bolsas mundo afora
O índice Stoxx 600,-o principal indicador do desempenho das 600 maiores empresas europeias nas bolsas- apresentou uma queda de 1,29%, ou 532,5 pontos
No sábado (1/2), o presidente Donald anunciou um “tarifaço” sobre produtos importados do México, Canadá e China. O aumento para mexicanos e canadenses foi fixado em 25%. Os produtos chineses pagarão impostos com acréscimo de 10%. Trump avisou que a taxação poderá se estender à União Europeia e outras nações.
O governo americano adiantou que a medida, em relação aos dois países vizinhos, visa a redução do tráfico de fentanil e à chegada de imigrantes ilegais nos Estados Unidos. Segundo Trump, a causa de sua determinação é “a grande ameaça apresentada pelos imigrantes ilegais e as drogas mortais que matam nossos cidadãos, particularmente o fentanil. Devemos proteger os americanos e é meu dever como presidente garantir a segurança de todos”, justificou.
Em uma publicação no “X” a Casa Branca comentou, por meio de nota oficial: “As tarifas anunciadas são necessárias para responsabilizar a China, o México e o Canadá por suas promessas de interromper o fluxo de drogas tóxicas para os Estados Unidos”.
Nesta segunda-feira (03/2), a ação do dirigente norte-americano refletiu nas principais bolsas de valores da Europa e Ásia. Em torno de 8horas da manhã (horário de Brasília), o índice Stoxx 600,-o principal indicador do desempenho das 600 maiores empresas europeias nas bolsas- apresentou uma queda de 1,29%, ou 532,5 pontos. O indicativo referente ao setor automotivo desabou 3,7%.
A forte reação do sistema financeiro internacional indica que os grandes investidores temem o início de uma guerra comercial planetária. A reação de canadenses e mexicanos eleva essa sensação.
O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, anunciou que tributará em 25% as importações dos EUA ou 155 bilhões de dólares canadenses (R$ 617 bilhões). Já a presidente do México, Claudia Sheinbaum, sem dar detalhes, também avisou que retaliará.