Integrantes de organizadas do Cruzeiro são alvos de operação em Monlevade e Barão de Cocais

Dois homens são alvos de mandados de prisão nas cidades do Médio Piracicaba, mas ainda não foram encontrados

Integrantes de organizadas do Cruzeiro são alvos de operação em Monlevade e Barão de Cocais
Em Monlevade, policiais civis recolheram materiais em casa de suspeito – Foto: Divulgação/PC

Policiais civis e militares e membros do Ministério Público desencadeiam na manhã desta terça-feira (17), em Minas Gerais, operação contra duas torcidas organizadas do Cruzeiro. A ação, denominada “Voz da Arquibancada”, mira a Máfia Azul e a Pavilhão Independente. Na região do Médio Piracicaba, há cumprimentos de mandados de prisão e busca e apreensão em João Monlevade e Barão de Cocais.

Em João Monlevade, o alvo é um homem, morador do bairro Vila Tanque. Ele, no entanto, não foi encontrado em casa. O suspeito, integrante da Pavilhão Independente, estaria em viagem para outro estado. Na casa dele foram apreendidos materiais da torcida, encaminhados para a Delegacia de Polícia Civil.

Em Barão de Cocais o cumprimento de mandado visava um homem morador do bairro Vila São Geraldo. O suspeito também não foi encontrado. Policiais civis apuraram que ele estaria junto a outros integrantes da Máfia Azul, em Belo Horizonte, possivelmente por causa de vazamentos da operação.

A operação “Voz da Arquibancada” cumpre 16 mandados de prisão e outros 20 de busca e apreensão. Além de Monlevade e Barão de Cocais, a ação conjunta tem alvos em Belo Horizonte, Contagem, Betim, Vespasiano e Ribeirão das Neves. De acordo com o Ministério Público, são apurados crimes de tentativa de homicídio, associação criminosa, lesão corporal, provocação de tumultos.

Histórico de brigas

A relação entre Máfia Azul e Pavilhão Independente esteve tensa durante 2019. As duas torcidas protagonizaram brigas ao fim de partidas do Cruzeiro pelo Campeonato Brasileiro e, no jogo que decretou o rebaixamento da Raposa para a Série B, contra o Palmeiras, tiveram que ser separadas pela Polícia Militar dentro do Mineirão. Cada uma ficou em uma das extremidades do estádio.

Ao fim da partida, com a derrota e a queda inédita para a segunda divisão, torcedores iniciaram uma depredação no Mineirão. Vários espaços do estádio foram destruídos. Segundo o MPMG, foi apurado que a Máfia Azul foi a principal responsável pela confusão e danos causados.