Ipatinga confirma duas mortes por febre maculosa; vítimas trabalhavam com pesca
A Febre Maculosa é uma doença infecciosa, febril aguda e de gravidade variável
A Vigilância Epidemiológica confirmou duas mortes por febre maculosa em Ipatinga, no Vale do Aço. Os casos envolvem dois pescadores contaminados durante o trabalho e acentuam preocupações das autoridades em relação à prática da pesca na região.
O primeiro caso diz respeito a J. R. S., um homem de 64 anos, residente no centro de Ipatinga, que morreu no dia 23 de julho de 2023. O segundo caso envolve G. H. S. S, jovem de 29 anos, morador do bairro Bom Jardim, que veio a óbito no dia 27 de julho. Ambos praticavam a pesca e tiveram contato com carrapatos – transmissores da doença – no mesmo período, enquanto se encontravam numa lagoa pertencente a um município vizinho.
A confirmação oficial da Febre Maculosa foi resultado de uma investigação minuciosa conduzida pela equipe da Vigilância Epidemiológica de Ipatinga. O exame de biologia molecular detectável foi crucial para determinar que a doença foi a causa dos óbitos. A Vigilância Epidemiológica está intensificando seus esforços para fornecer informações atualizadas e garantir a segurança da comunidade. A colaboração da população é fundamental para prevenir futuros casos de Febre Maculosa.
Formas de contágio
A Febre Maculosa é uma doença infecciosa, febril aguda e de gravidade variável. Ela pode variar desde as formas clínicas leves e atípicas até formas graves, com elevada taxa de letalidade. É causada por uma bactéria do gênero Rickettsia, transmitida pela picada do carrapato.
No Brasil duas espécies de riquétsias estão associadas a quadros clínicos da Febre Maculosa. Os principais vetores são os carrapatos do gênero Amblyomma, tais como o conhecido carrapato estrela. Entretanto, potencialmente, qualquer espécie de carrapato pode albergar a bactéria causadora da Febre Maculosa, como por exemplo, o carrapato do cachorro.