Itabira: agência do Banco do Brasil é interditada por “risco de desabamento” e passará por vistoria
Empresa de engenharia contratada pelo própria instituição recomendou a interdição. Clientes que precisarem de atendimento presencial são orientados a ir a João Monlevade, Nova Era ou Santa Maria
A empresa BRG Engenharia, de Belo Horizonte, emitiu um laudo recomendando a interdição da agência do Banco do Brasil em Itabira, localizada na rua Tiradentes, região central da cidade. O documento foi encomendado pela própria instituição financeira e aponta um possível risco de desabamento provocado por uma obra realizada em um terreno na avenida Daniel Jardim de Grisolia, ao lado da Caixa Econômica Federal.
A interdição ainda é temporária e a agência do Banco do Brasil ainda passará por nova vistoria para determinar se ela poderá voltar a funcionar ou não, assim como especificar quais medidas deverão ser adotados pela unidade itabirana da instituição financeira.
A decisão por essa interdição partiu da gerência do próprio Banco do Brasil e foi comunicada aos clientes apenas por cartazes afixados na porta de entrada da unidade. Também foram colocadas faixas “zebradas” indicando que o acesso ao local está vedado. Segundo relatos, não foi utilizado nenhum outro meio de comunicação, como contatos telefônicos ou mensagens de WhatsApp, para informar sobre a situação.
Nos cartazes, o Banco do Brasil informa que “esta agência se encontra com o atendimento interrompido” e orienta que os pontos de atendimento mais próximos estão em Santa Maria de Itabira, Nova Era e João Monlevade. Porém, não é informado o tempo de interdição da unidade.
Segundo informações da Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (Compdec), divulgadas pelo jornal Diário de Itabira, o laudo BRG Engenharia é datado do dia 29 de janeiro, mas repassado ao órgão na terça-feira (30), e assinado pelos engenheiros Nelson Urias Pinto Gariglio da Silva e Rangel Gonçalves Braga.
O documento recomenda que “para a segurança dos usuários seja feita temporariamente impedido o trânsito ou permanência de pessoas na edificação até que se tenha a convicção da inexistência de risco de deslizamento de solo ou até que se execute obra de reforço capaz de assegurar a estabilidade dos taludes”.
Ainda conforme o relatório, o muro de contenção do terreno onde foi construído o banco possui trincas de grandes dimensões causadas pelo deslizamento de terra na obra em uma área da avenida Daniel Jardim de Grisolia. “Com base em todo o conjunto de informações levantadas se faz necessária realização de uma investigação geológica do perfil do solo, com realização de uma ensaio de sondagem para caracterizar a estratigrafia do terreno, levantamento completo das estruturas e determinação de características construtiva”, diz trecho do documento.
“Com a ocorrência do sinistro provocado pelo excesso de chuvas, onde os danos foram potencialmente elevados devido à ação temerária e irresponsável em obra de execução nos limites confrontantes com a agência do Banco do Brasil em Itabira”, completa.
A Defesa Civil também ressaltou que a decisão por interditar o espaço partiu do próprio Banco do Brasil, mas que acompanhará o caso juntamente com a instituição.
