Itabira: Conselho de Trânsito autoriza passagem de ônibus a R$ 5,85
Porém, Prefeitura anuncia que subsidiará a tarifa do transporte público e reajuste não deve chegar aos bolsos dos itabiranos
Após semanas de debate e análise, o Conselho Municipal de Transporte e Trânsito (CMTT) aprovou, na tarde desta quarta-feira (13), o reajuste na passagem de ônibus em Itabira — passando dos atuais R$ 4,40 para R$ 5,85. Porém, o itabirano não deve sentir essa mudança no bolso, já que a Prefeitura de Itabira anunciou o congelamento da tarifa do transporte público, ou seja, irá conceder um subsídio à Transportes Cisne para cobrir a diferença tarifária imposta pelo aumento.
Para avaliar o serviço e determinar o preço da passagem de ônibus, o Executivo Municipal, por meio da Superintendência de Transporte e Trânsito (Transita), contratou uma consultoria especializada. O estudo apontou a necessidade de reajustar a tarifa para R$ 5,85, com a Cisne disponibilizando 49 ônibus em circulação, com outros cinco de reserva.
O último reajuste na tarifa do transporte público aconteceu em março de 2020. Desde então, o preço da passagem se manteve inalterado devido a pandemia de Covid-19. Esse processo, porém, causou dificuldade paras as empresas de transportes, que nesse período viram o aumento no preço dos insumos, sobretudo nos combustíveis. Essa é a principal justificativa para o aumento da tarifa nos ônibus públicos.
Subsídio
No final da tarde desta quarta-feira, após a reunião do CMTT que definiu pelo aumento da passagem de ônibus, a Prefeitura de Itabira informou que encaminhará para a Câmara de Vereadores um projeto de lei que autoriza o Município a pagar parte do preço da tarifa do transporte público. Com isso, o reajuste não chegará ao bolso do itabirano, pois, caso a lei seja aprovada pelo Legislativo, congelará o valor do bilhete em R$ 4,40 (R$ 4,30 no cartão) — com o Executivo arcando com a diferença.
Ainda conforme o comunicado da Prefeitura, o projeto de lei irá impor contrapartidas à Transportes Cisne, como a ampliação do número de viagens durante os dias úteis e finais de semana. O posicionamento do governo Marco Antônio Lage (PSB) se baseia no um estudo contratado junto a consultoria especializada, que estabeleceu uma fórmula para calcular o subsídio.
A matemática leva em consideração a quilometragem mensal dos veículos e a demanda pelo serviço. A partir daí, chegou-se a um valor em torno de R$ 585 mil, que poderá variar mensalmente de acordo com os dados operacionais de cada mês. Os repasses estão previstos para ocorrer entre agosto de 2022 e fevereiro de 2023, quando termina o atual contrato com a Cisne.
“O cidadão não pode pagar essa conta do aumento de passagem. Sabemos como a realidade econômica está difícil depois da pandemia e o quanto um aumento poderia impactar no bolso do cidadão. Ou no bolso do empresário que fornece vale-transporte aos seus funcionários. Daí a determinação de conceder o subsídio ao usuário e impedir que ele pague mais quando cruzar a roleta do ônibus”, afirma o prefeito Marco Antônio Lage.
Entre as contrapartidas estabelecidas pela Prefeitura, a principal é a que exige da empresa a ampliação do número de viagens. Estudo elaborado pela Superintendência de Trânsito e Transportes (Transita) estabelece a necessidade de acrescer até 765 novas viagens por semana no transporte público municipal. As viagens em dias úteis seriam ampliadas em 16%; aos sábados, em 53%; e, aos domingos, em 77%.
Outra exigência é a informatização do serviço, inclusive com possibilidade de acompanhamento em tempo real dos dados pela Transita, que conseguirá monitorar a quilometragem, quantidade de passageiros e localização. A tecnologia também permitirá o retorno do aplicativo para que o usuário acompanhe os horários e trajetos dos ônibus.
Táxi
Ainda nesta quarta-feira, o CMTT aprovou um reajuste de 30% na tarifa de táxi. Esse índice representa uma recomposição de 22,64%, já que o serviço não passa por reajuste desde 2018, além de 7,36% de ganho real para os taxistas. Com a alteração, a bandeirada passará de R$ 5 para R$ 6,50; enquanto o quilômetro rodado subirá de R$ 4 para R$ 5,20.
Porém, para que esse índice de aumento seja autorizado em sua totalidade, é necessário um parecer jurídico da Prefeitura de Itabira estabelecendo as bases legais para que não haja questionamentos referentes ao ganho real, estabelecido no índice de 7,36%. Se houver algum impedimento nesse sentido, somente a taxa de 22,64% será repassado ao itabirano.