Itabira destinará 148 leitos a atendimentos exclusivos de coronavírus
Reorganização acontecerá nos hospitais Nossa Senhora das Dores (HNSD) e Carlos Chagas (HMCC)
A Prefeitura de Itabira anunciou nesta quarta-feira (25) que irá destinar 148 leitos a pacientes com suspeita ou com confirmação de coronavírus. As adequações na rede de atendimento serão feitas nos hospitais Nossa Senhora das Dores (HNSD) e no municipal Carlos Chagas (HMCC).
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a rede municipal já conta, da semana passada até agora, com 34 leitos exclusivos para atender à Covid-19: 11 no HMCC e 23 no HNSD, que teve todo um andar separado para atender os casos. O número inclui enfermaria e também Unidade de Terapia Intensiva (UTI), todos com isolamento respiratório.
A próxima fase prevê a instalação de mais 114 leitos para o coronavírus nos dois hospitais, totalizando 148 para atender os casos da doença. A previsão é que isso aconteça até o mês de abril e considera uma soma de 23 leitos viabilizados no HNSD e 125 no HMCC, que, inclusive, se tornará referência maior ao Covid-19 na microrregião. A reorganização hospitalar destinou, por exemplo, leitos de cirurgia eletiva, em um plano de emergência montado para garantir atendimento médico aos pacientes.
Outra medida tomada pela Secretaria Municipal de Saúde foi alugar uma estrutura para possibilitar que o primeiro contato da equipe assistencial aos pacientes com sintomas gripais se dê fora da unidade hospitalar. Assim, as pessoas com suspeita de Covid-19 passarão por uma triagem na parte externa do Pronto-Socorro Municipal de Itabira, anexo ao HNSD, antes de seguir para as dependências internas.
O Hospital Nossa Senhora das Dores tem hoje 110 leitos para atender o Sistema Único de Saúde (SUS) como um todo, considerando leitos clínicos, cirúrgicos, maternidade e UTI. O HMCC, por sua vez, tem 74.
“Temos realizado um trabalho intenso para evitar a propagação da Covid-19 em nossa cidade. Mas, precisamos do apoio e consciência de toda a população, seguindo as recomendações do Ministério da Saúde e da Secretaria Municipal de Saúde, tomando as precauções necessárias para que possamos achatar a curva de contágio e evitar o colapso do setor de saúde”, ressaltou o prefeito Ronaldo Lage Magalhães.
A secretária de Saúde, Rosana Linhares reiterou a fala de Ronaldo ao dizer que, sem o apoio da sociedade, a saúde pública não tem condições de absorver e tratar os casos. “Sem isso (isolamento social), todo o esforço maciço de novas estruturas assistenciais não irá evitar o colapso do sistema”.