Itabira fica em penúltimo lugar da microrregião em levantamento do Ministério da Saúde

Os dados do último levantamento do ISF são referentes ao último quadrimestre de 2022. Dentro do ranking da microrregião, Itabira só ficou à frente de Bom Jesus do Amparo

Itabira fica em penúltimo lugar da microrregião em levantamento do Ministério da Saúde
Foto: Victor Eduardo/DeFato Online
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Itabira teve resultado abaixo da média no último levantamento do Previne Brasil, programa do Ministério da Saúde para o financiamento da Atenção Primária à Saúde (APS). Com o Indicador Sintético Final (ISF) de 5,39, a cidade ficou em penúltimo lugar dentro da sua microrregião, que contempla 13 municípios e teve média de 7,37. A média do ISF em Minas Gerais é de 7,54. O ISF determina o valor que as prefeituras devem receber em repasses federais, avaliando sete indicadores de pré-natal, saúde da mulher, saúde da criança e doenças crônicas. Em todos esses indicadores, Itabira não atingiu a meta estabelecida, e somente em três deles, atingiu pelo menos 60% do estipulado.

Os dados do último levantamento do ISF são referentes ao último quadrimestre de 2022. Dentro do ranking da microrregião, Itabira só ficou à frente de Bom Jesus do Amparo, que teve o desempenho de 3,3. Quando se analisa o ISF por zona urbana, Itabira está em último lugar no ranking de três cidades, atrás de Barão de Cocais e Santa Bárbara, respectivamente. 

Clique aqui para acessar o Painel com dados completos do ISF.

Confira o ranking geral da microrregião de saúde de Itabira: 

  • Ferros: 9,57
  • Santo Antônio do Rio Abaixo: 8,75
  • Barão de Cocais: 8,63
  • Catas Altas: 8,32
  • Itambé do Mato Dentro: 8,27
  • Santa Bárbara: 7,68
  • São Gonçalo do Rio Abaixo: 7,67
  • Santa Maria de Itabira: 7,15
  • São Sebastião do Rio Preto: 7,15
  • Morro do Pilar: 7,14
  • Passabém: 6,75
  • Itabira: 5,39
  • Bom Jesus do Amparo: 3,33
Foto: Painel de Indicador da APS

Comparada às demais cidades mineiras com faixa populacional de 100.001 a 500 mil habitantes, Itabira está na 19ª colocação de 29 municípios, ficando apenas à frente de cidades com desempenho inferior a 5. Dentro da Região Sudeste, Itabira está em 79º lugar de 101 municípios com a mesma faixa populacional. 

Confira quais são os indicadores avaliados, qual era a meta estabelecida e o resultado obtido. 

  • Proporção de gestantes com pelo menos seis consultas pré-natal realizadas, sendo a 1ª até a 12ª semana de gestação:

Meta: 45%. Resultado: 34%. Porcentagem atingida: 75,56%. Porcentagem em relação ao ISF: 14,1% 

  • Proporção de gestantes com realização de exames para sífilis e HIV:

Meta: 60%. Resultado: 45%. Porcentagem atingida: 75%. Porcentagem em relação ao ISF: 13,91% 

  •  Proporção de gestantes com atendimento odontológico realizado:

Meta: 60%. Resultado: 35%. Porcentagem atingida: 58,33%. Porcentagem em relação ao ISF: 21,71% 

  • Proporção de mulheres com coleta de citopatológico na APS:

Meta: 40%. Resultado: 14%. Porcentagem atingida: 35%. Porcentagem em relação ao ISF: 6,49% 

  • Proporção de crianças de um ano de idade vacinadas na APS contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, infecções causadas por Haemophilus influenzae tipo B e poliomielite inativada:

Meta: 95%. Resultado: 60%. Porcentagem atingida: 63,16%. Porcentagem em relação ao ISF: 23,38% 

  • Proporção de pessoas com hipertensão, com consulta e pressão arterial aferida no semestre:

Meta: 50%. Resultado: 21%. Porcentagem atingida: 42%. Porcentagem em relação ao ISF: 15,58% 

  • Proporção de pessoas com diabetes, com consulta e hemoglobina glicada solicitada no semestre.

Meta: 50%. Resultado: 13%. Porcentagem atingida: 26%. Porcentagem em relação ao ISF: 4,82% 

Foto: Painel de Indicador da APS

De acordo com o Portal da Secretaria de Atenção Primária à Saúde, os indicadores selecionados atendem a critérios como disponibilidade, simplicidade, granularidade, periodicidade, baixo custo de obtenção, adaptabilidade, estabilidade, rastreabilidade e representatividade dos dados utilizados no cálculo. A atribuição de pesos diferentes considerou a relevância clínica e epidemiológica das condições de saúde, bem como o nível de limitação no alcance das metas, que traduzem o resultado da gestão e equipes para realização das ações, programas e estratégias.

A DeFato procurou a Prefeitura de Itabira, mas ainda não obteve retorno. O espaço segue aberto para posicionamento e atualizações.