Itabira: o que já foi observado na CPI da Água
Vereadores que compõem a comissão concederam uma coletiva de imprensa sobre o processo nesta sexta-feira (22)
Na manhã desta sexta-feira (22) a equipe instauradora da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Água ofereceu mais informações sobre o processo em uma coletiva de imprensa. Estiveram presentes a presidente da CPI Rosilene “Rose” Félix (MDB), o relator Roberto Fernandes Carlos de Araújo “Robertinho da Autoescola” (MDB) e o vogal Sidney Marques Vitalino Guimarães “do Salão” (PTB).
A CPI – que, na esfera municipal é denominada Comissão Especial de Inquérito (CEI) – foi oficializada no dia dois de dezembro para investigar a contaminação da Estação de Tratamento de Água (ETA) Pureza em novembro deste ano. Segundo informações oferecidas na coletiva, o grupo realizou visita à estação de responsabilidade do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) e redigiu um relatório inicial.
O registro teve como base somente as observações da vereadora e dos vereadores. Segundo Rose Felix, a comissão está aguardando um parecer técnico do Saae, que não recebeu um prazo específico para a entrega desse estudo. A presidente informou, ainda, que um estudo paralelo será feito após o parecer do Saae.
A comissão apontou um possível sucateamento do serviço, baseado na observação de estrutura precária – tanto física como organizacional: “A gente pôde perceber que o sistema é muito precário. Tem muita ferrugem na tubulação e os próprios funcionários sabem o que precisa ser feito, mas não têm suporte necessário”, alegou Robertinho. A comissão também criticou a falta de transparência e a demora na comunicação da empresa.
A equipe comentou que as preocupações vão para além da recente contaminação por óleo causada pela empresa Minax, que chegou a causar a morte de peixes recentemente. Assim, a CPI irá investigar outros prejuízos causados pelo sistema obsoleto: “Azulejos dentro dos tanques soltos, espaço insuficiente para um tratamento eficaz, só dois operadores para uma ETA desse tamanho…”, enumerou a vereadora.
A comissão pretende envolver outros agentes futuramente, como a polícia e o Ministério Público. Além disso, demonstraram o interesse em ouvir a população sobre o assunto.
Enquanto não são realizados estudos mais robustos, o vereador Sidney do Salão orienta que a população realize denúncias. “Pedimos, então, à população que continue denunciando para podermos agir corretamente e trazer os resultados mais rapidamente possível para todos”, disse na coletiva.