Já são cerca de 40 cães que morreram após ingestão de petiscos

A delegada da Polícia Civil orienta que os tutores fiquem atentos caso os cães apresentem convulsão, diarreia, vômito e prostração

Já são cerca de 40 cães que morreram após ingestão de petiscos
(Imagem ilustrativa)

Cerca de 40 cães já morreram em várias cidades do país após a ingestão de petiscos supostamente contaminados da empresa Bassar Pet Food. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (5) pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). Em Belo Horizonte já são oito óbitos confirmados.

A delegada da PCMG, Danúbia Quadros, comunicou à imprensa os números atualizados nesta segunda-feira. “Hoje foi registrada mais uma ocorrência de óbito, além de outras internações. Em Belo Horizonte, já são oito casos de óbitos e tem chegado ao meu conhecimento várias outras mortes Brasil afora, cerca de 40 até o momento”, disse a delegada.

Ela orienta que os tutores fiquem atentos caso os cães apresentem convulsão, diarreia, vômito e prostração – características que, segundo ela, são as mais comuns após a ingestão dos petiscos.

“Apresentando esses sintomas, procure a delegacia para providência criminal. É importante que o tutor leve o produto para que seja investigado se o óbito e as intercorrências aconteceram em razão do petisco”, finaliza a delegada lotada na Delegacia Especializada em Defesa do Consumidor.

Posicionamento da empresa

A empresa de petiscos Bassar Pet Food, investigada pela Polícia Civil, informou na noite da última quinta-feira (1º), que, “por precaução”, retirou de circulação os lotes 3554 e 3775 do produto Bone Everyday. A empresa também alegou que está tomando providências “desde o dia que recebeu o primeiro relato de possível intoxicação” e que nunca utilizou na fabricação dos produtos “a substância etilenoglicol, apontada como possível intoxicante”. O composto químico utilizado no sistema de arrefecimento de automóveis é proibido em alimentos.

“Nunca passamos por situação semelhante antes. São mais de cinco anos de história que comprovam a confiança em nossos processos de fabricação. Prezamos pela qualidade dos produtos e pelo bem-estar e satisfação de nossos clientes”, afirmou em nota.

Além disso, conforme a empresa, nos últimos dias, funcionários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), estiveram na sede da Bassar para inspeção. “Os laudos do MAPA comprovam, ainda, que não há contaminação na linha de produção. É fundamental esclarecermos que não há nenhum laudo conclusivo sobre a causa das mortes de nenhum dos cães”, completou.

*Com informações do Estado de Minas