Janela de transferências tem recorde de R$ 13,6 bilhões, diz relatório da Fifa

O valor é 57,9% superior ao registrado em janeiro de 2024 e 47,1% mais alto que a cifra obtida em janeiro de 2023

Janela de transferências tem recorde de R$ 13,6 bilhões, diz relatório da Fifa
Foto: Raul Baretta/ Santos FC

Liderados pela Inglaterra e pela Arábia Saudita, os clubes de futebol gastaram o valor de US$ 2,35 bilhões, equivalente a R$ 13,6 bilhões, em transferências internacionais em um período de janeiro. De acordo com a Fifa, a cifra é um novo recorde para a janela de início de ano.

O valor é 57,9% superior ao registrado em janeiro de 2024 e 47,1% mais alto que a cifra obtida em janeiro de 2023. O número de transferências internacionais, que alcançou 5.863, também é um recorde para o período. Foram 900 a mais do que o recorde anterior, registrado no ano passado.

Em janeiro de 2024, apenas uma transferência — a ida do atacante Gonçalo Ramos do Benfica para o Paris Saint-Germain — foi avaliada em mais de 30 milhões de euros, cerca de R$ 180 milhões

No mês passado, foram acertadas dez transferências desse tipo, incluindo quatro para o Manchester City. A maior entre estas dez foi protagonizada pelo atacante colombiano Jhon Durán, que rendeu US$ 80 milhões ao Aston Villa para se juntar a Cristiano Ronaldo no clube saudita Al Nassr.

O Brasil se destacou no relatório da Fifa sobre transferências ao ficar em primeiro lugar entre os países que mais receberam jogadores: 471. Na sequência, vêm Argentina (265), Portugal (207), Espanha (200) e Inglaterra (190). O país com o maior número de saídas de atletas foi a Argentina (255), logo à frente do Brasil, com 212. Depois vêm Inglaterra (211), Estados Unidos (188) e Portugal (170).

Grandes gastadores

Os clubes ingleses foram os que mais gastaram, com um desembolso de US$ 621,6 milhões (R$ 3,6 bilhões) em transferências. E somaram o valor de US$ 186 milhões (cerca de R$ 1 bilhão) em vendas de atletas para clubes de outros países.

O segundo maior déficit foi registrado pela Arábia Saudita, onde os clubes gastaram mais de US$ 160 milhões (R$ 926 milhões) acima do que ganharam. O gasto de US$ 202 milhões foi alimentado principalmente pelo Al Nassr, Al Hilal e outros clubes, todos de propriedade do Fundo de Investimento Público, de propriedade do estado saudita.

Os clubes alemães gastaram US$ 295,7 milhões, o que foi compensado principalmente pela receita de US$ 226,2 milhões em vendas de transferências. E os times franceses receberam o maior valor de transferência, com US$ 371 milhões, e gastaram apenas US$ 209,7 milhões, obtendo um “lucro coletivo” de mais de US$ 160 milhões.

Em Portugal, os clubes fizeram vendas no valor total de US$ 176,4 milhões e gastaram apenas US$ 40,2 milhões, obtendo um “lucro” combinado de US$ 136 milhões. Nos Estados Unidos, as equipes clubes gastaram US$ 145 milhões e receberam US$ 125 milhões em transferências, de acordo com a pesquisa da Fifa.

* Com Estadão Conteúdo.