Jorge Aragão é diagnosticado com câncer; sambista tem show marcado para amanhã em Itabira
Segundo o comunicado oficial de sua assessoria de comunicação, Jorge Aragão está em casa e não precisou ser internado
Ícone do samba, o cantor e compositor Jorge Aragão foi diagnosticado com um linfoma não Hodgkin, um tipo de câncer com origem nas células do sistema linfático e que se espalha de maneira não ordenada. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa, através das redes sociais do artista, neste sábado (15). Questionada sobre um possível cancelamento do show que o sambista tem agendado para amanhã (16), no 49º Festival de Inverno, a assessoria de comunicação da Prefeitura de Itabira disse que ainda não recebeu nenhum posicionamento oficial da produção do artista.
Segundo o comunicado oficial, Jorge Aragão está em casa e não precisou ser internado. “O artista iniciará imediatamente o seu tratamento e segue confiante, sob o cuidado da hematologista Caroline Rebello, e contando com o apoio, orações e energias positivas de todos para seguir tranquilo”, diz a nota.
Confira o comunicado completo
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O que é o linfoma não Hodgkin?
O linfoma não Hodgkin é um câncer no sangue, mas, diferentemente da leucemia, que atinge a medula óssea, esse tipo de doença afeta os vasos e gânglios do sistema linfático, que é responsável pela defesa do corpo humano. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), existem mais de 20 tipos de linfomas não Hodgkin, com diferentes níveis de gravidade.
Em geral, o linfoma não Hodgkin pode atingir três tipos de células do sistema de defesa, as células B, que são os mais comuns, representando 85% dos casos; as células T; e as células NK. Além da classificação por células, há variações quanto ao grau de rapidez com que se espalha no corpo humano.
Prevalência em homens
Esse tipo de câncer, que atinge o sistema imunológico, ainda que seja o mais incidente em crianças, se torna mais comum com o envelhecimento e atinge homens com maior frequência. O Inca estimou que entre 2023 e 2025, o País registraria a cada ano cerca de 12.040 novos casos desse tipo de câncer, sendo 6.420 casos em homens e 5.620 em mulheres. O número representa um risco de 5,57 a cada 100 mil habitantes.
Há alguns fatores de risco que podem facilitar a ocorrência da doença, como fator genético, transplantes, doenças autoimunes, infecção por HIV ou outras infecções específicas. A exposição a substâncias nocivas, como pesticidas, ou à radiação, também representa risco.
Sintomas
O diagnóstico precoce da doença é um dos pontos cruciais para obter sucesso no tratamento. Para isso, é importante identificar sintomas que possam indicar a ocorrência do linfoma não Hodgkin. O corpo humano possui estruturas chamadas “gânglios”, uma espécie de nódulo do sistema de defesa, responsável por “filtrar” substâncias que podem fazer mal ao organismo. Eles se localizam em regiões como pescoço, virilha e axilas. Um dos sintomas do linfoma não Hodgkin é o aumento de dessas estruturas
Além disso, sintomas comuns são suor noturno excessivo, febre, coceira na pele e perda de peso acima de 10% sem causa aparente
Tratamento
De acordo com o Inca, o tratamento depende do tipo de linfoma não Hodgkin, mas os tipos mais indicados são a quimioterapia, a imunoterapia e a radioterapia. No caso de pacientes com quadro mais avançado da doença, quando há risco de atingir o Sistema Nervoso Central, a indicação é um tipo específico de quimioterapia e radioterapia. Nesse caso, há injeção quimioterápica no líquido cérebro-espinhal e radioterapia nessas regiões do corpo.