Laparoscopia: O que é? Como é? Quais são as vantagens, desvantagens e os riscos?

A operação é realizada em ambiente hospitalar, por meio da introdução de uma pequena câmera através da cicatriz umbilical, sem a necessidade de grandes cortes externos na pele.

Laparoscopia: O que é? Como é? Quais são as vantagens, desvantagens e os riscos?

O que é Laparoscopia?

A videolaparoscopia, popularmente chamada de laparoscopia, é uma cirurgia minimamente invasiva que tem por objetivo diagnosticar e tratar doenças que acometem a região abdominal e/ou pélvica. A operação é realizada em ambiente hospitalar, por meio da introdução de uma pequena câmera através da cicatriz umbilical, sem a necessidade de grandes cortes externos na pele. Habitualmente são realizadas duas ou três incisões (de 0,5 a 1,0 cm) na região abdominal e uma na região umbilical.

O termo “láparos” vem do grego e significa abdome. Laparoscopia se referia, a princípio, a uma maneira de olhar dentro do abdome. Hoje em dia, ela se refere a uma intervenção cirúrgica minimamente invasiva, muito utilizada em cirurgias ginecológicas, urológicas e dos órgãos abdominais, mas consagrada pela retirada da vesícula biliar, que foi seu primeiro uso, em 1987.

A microcâmera  incorporada no equipamento permite que o especialista tenha uma visão ampla, detalhada e profunda da cavidade abdominal e pélvica, avaliando em grande aumento e com alta definição os órgãos e tecidos internos. Dessa forma, é possível realizar diagnósticos e cirurgias mais minuciosas e detalhadas.

 

 Em que consiste a Laparoscopia?

Geralmente o paciente é internado e submetido à anestesia geral e, conforme o cirurgia, pode deixar o hospital no mesmo dia ou um pouco mais a frente .A laparoscopia consiste em que o médico faça uma pequena incisão na região a ser tratada ou examinada, por onde introduz o laparoscópio  (aparelho por meio do qual irá visualizar e tratar a região abordada), que consiste em um fino tubo de fibras óticas, através do qual pode visualizar os órgãos internos e fazer intervenções diagnósticas ou terapêuticas. Outras pequenas incisões podem ser necessárias para introduzir os instrumentos cirúrgicos.

Os instrumentos usados na videolaparoscopia são idênticos aos utilizados nas cirurgias tradicionais, só que mais delicados. Se a cirurgia for no abdome, uma quantidade de gás (dióxido de carbono) é introduzida dentro da cavidade abdominal a fim de expandi-la e criar um campo de trabalho para se realizar a cirurgia. Esta técnica tem a vantagem de ser minimamente invasiva e ocasionar , assim, um menor trauma cirúrgico, menor sangramento intra operatório, menor dor pós-operatória, recuperação pós-cirúrgica mais rápida e retorno mais cedo às atividades habituais e ao trabalho, além de menores cicatrizes.

Ela reduz a taxa de infecções e a ocorrência de aderências pós-operatórias e também pode ser utilizada em outros tipos de cirurgia, como em operações nas articulações (artroscopias), por exemplo, principalmente em cirurgias de joelho. Além dessas, praticamente todas as cirurgias ginecológicas (cistos de ovário, dilatação das trompas, torção de ovário, gravidez ectópica, etc.,) e urologias podem ser realizadas por laparoscopia. 

Quais são as desvantagens e os riscos da Laparoscopia?

A laparoscopia, como todo procedimento, envolve riscos, mas desde que feita por um profissional experiente eles são de muito baixa incidência e altamente compensados pelas vantagens das cirurgias endoscópicas em relação às outras, a céu aberto. O risco de maior gravidade é a perfuração de órgãos como o intestino, estômago, aorta, etc., ou ocorrência de hemorragias abdominais ou de peritonites. Ademais, produz algum desconforto em razão da distensão abdominal que acarreta e pode gerar hemorragia vaginal, problemas respiratórios e arritmias cardíacas.

Pacientes com doenças cardíacas ou respiratórias, obesos, portadores de hérnia diafragmática ou de doença inflamatória pélvica, grávidas, etc., merecem especial do médico intervencionista.

Dr. Eriedson Ferreira Scotini é Cirurgião geral/ Videolaparoscópico, atende no Hospital Nossa Senhora das Dores e Atendimento Médico Especializado (AME). O conteúdo expresso é de total responsabilidade do colunista e não representa a opinião da DeFato.

 

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