Lula critica violência doméstica, mas perdoa agressão de corintiano após perder jogo

Em reunião com empresários o presidente citou: “tem pesquisa que mostra que depois de um jogo de futebol aumenta a violência contra a mulher”

Lula critica violência doméstica, mas perdoa agressão de corintiano após perder jogo
Foto: Claudio Kbene/PR/Flickr

Em evento no Palácio do Planalto, nesta terça-feira (16), numa reunião com empresários do setor de bebidas e alimentos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), cometeu uma gafe ao mencionar episódios de violência doméstica contra as mulheres, ao revelar ter tido acesso a dados que comprovam que a violência doméstica aumenta após um jogo de futebol.

Ironizando o fato, o presidente sugeriu que “homens corintianos” poderiam ser desculpados nessas situações.

O comentário de Lula se deve à má fase do seu time do coração, Corinthians Paulista, que se encontra na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro deste ano.

“Hoje eu fiquei sabendo uma notícia triste. Tem pesquisa que mostra que depois de um jogo de futebol aumenta a violência contra a mulher. Inacreditável. Se o cara é corintiano, tudo bem, como eu, mas não fico nervoso quando perde, eu lamento profundamente”.

Apesar do deslize, Lula fez comentários elogiosos à presença de nove mulheres entre os empresários presentes ao encontro.

Na ocasião, o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), João Dornellas, anunciou que o setor vai investir R$ 120 bilhões no país até 2026, sendo que destes, R$75 bilhões serão para ampliação e construção de novas fábricas no país, e R$ 45 bilhões em pesquisa e tecnologia do setor.

Em pronunciamento, Dornellas afirmou: “Essa indústria aposta no Brasil e tem a cara do Brasil. 61% do que o campo produz, a indústria brasileira de alimentos  e bebidas compra. Assim como, 67,5%, da agricultura familiar também é comprado pelo setor de alimentos e bebidas que depois se transformam nos alimentos da nossa mesa no dia a dia”.

O ministro Carlos Fávaro, também na reunião, afirmou que o Brasil se consolidou como um supermercado do mundo ao se tornar um grande produtor de alimentos”.