Lula diz que o preço da carne baixou, “mas tem que baixar muito mais”

O presidente também afirmou que não se incomoda com algumas decisões do Congresso em derrubar seus vetos

Lula diz que o preço da carne baixou, “mas tem que baixar muito mais”
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Falando a jornalistas na manhã de terça-feira (23), no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), lembrou das promessas feitas durante a campanha em 2022 e ressaltou que o preço da carne baixou, “mas tem que baixar muito mais”.

“Eu não esqueci da cervejinha e da picanha. Eu ainda falo até hoje. Tudo isso está no nosso programa. Já fizemos a desoneração do Imposto de Renda até dois salários mínimos. Tenho o compromisso de fazer até R$ 5 mil até o fim do meu mandato, e vou fazer”, afirmou.

O Senado aprovou o aumento na faixa de isenção do Imposto de Renda na semana passada e está nas mãos do presidente sancionar o projeto. Lula também comentou sobre outros assuntos, dentre esses, as “saidinhas” e a possível “derrubada dos vetos” pelos parlamentares.

Lula disse que não se incomoda com algumas decisões do Congresso em derrubar seus vetos a projetos que tiveram aprovação do Legislativo. “Tudo isso faz parte do jogo político. Não fico nervoso ou irritado. É um papel deles, não tenho o que reclamar. Às vezes fico incomodado com a minha incompetência de não tê-los convencido do contrário”, comentou.

Sobre as “saidinhas”, projeto que proíbe as saídas temporárias de presos, Lula disse ter se alinhado à recomendação do Ministério da Justiça e Segurança Pública para vetar um trecho da proposta e defendeu o direito de alguns presos que não tenham sido condenados por crimes hediondos a terem contato com suas famílias para que possam se ressocializar.

“Se o Congresso derrubar, é um problema do Congresso. Posso lamentar, mas tenho que acatar. A família quer ver o cara que tá preso. O que nós vetamos? A proibição de um cidadão ou cidadã que não tenha cometido crime hediondo, que não tenha cometido estupro, que não tenha cometido crime de pedofilia, não poder visitar os parentes. É uma coisa de família. A família é uma coisa sagrada. A família é a base principal de organização de uma sociedade”, avaliou.

A decisão de Lula em vetar o ponto principal do projeto de lei que restringe as “saidinhas” de presos provocou indignação entre líderes partidários do Legislativo, e Rodrigo Pacheco (PSD-MG) sinalizou que a Casa não concordaria com um veto, assim como os líderes de legendas.

O presidente relativizou, durante o café da manhã com os jornalistas, a crise com o Congresso e afirmou que não há divergências que não podem ser superadas e afirmou que depois da conversa que teve com Arthur Lira, no domingo (21), os projetos que precisam ser aprovados vão avançar na Câmara e no Senado.

“Sou eu quem precisa dos parlamentares, e não o contrário. Se não tivesse divergência, não haveria a necessidade de a gente dizer que são três Poderes distintos e autônomos, cada um é dono do seu nariz”, disse.

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