Lula e Zema se encontram pela terceira vez em um mês

Essa será a terceira vez que o presidente vem ao Estado, no espaço de um mês

Lula e Zema se encontram pela terceira vez em um mês
Foto: Ricardo Stuckert/PR

O governador mineiro Romeu Zema (Novo) vai se encontrar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta quarta-feira (13), durante a inauguração de um complexo de produção de fertilizantes fosfatados na cidade de Serra do Salitre, no Triângulo Mineiro.

O vice-governador Mateus Simões (Novo) também consta da agenda, que contará ainda com as presenças do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), e do ministro mineiro Alexandre da Silveira (PSD), de Minas e Energia.

No primeiro ano do governo Lula, Minas não recebeu sua visita, mas neste segundo ano, será a terceira vez que o presidente vem ao Estado, no espaço de um mês.

A expectativa é de que o encontro tenha o mesmo tom institucional ocorrido na última semana, quando o governador foi recebido em Brasília para discutir a dívida de Minas com a União, ocasião em que Zema disse que “ele e Lula eram democratas”. Fontes palacianas acreditam até que a relação institucional entre os governos é benéfica para ambos.

Se por um lado, a relação institucional mostra a capacidade entre os governos de dialogarem com todos, de todas as ideologias, por outro lado, a relação pode ser benéfica também para Zema e seu futuro político em 2026, assim como do seu vice, Mateus Simões, candidato natural ao governo de Minas.

Não é esperado que os dois se reúnam a sós e a agenda deve se resumir aos anúncios de investimentos no Estado, assim como ocorreu em Belo Horizonte no mês passado.

O complexo de fertilizantes de Serra do Salitre tem um investimento na ordem de R$ 1 bilhão, com a previsão de que a nova indústria forneça ao menos 1 milhão de toneladas de fertilizantes fosfatados para a agricultura brasileira por ano, o equivalente a 15% da produção nacional.

Na oportunidade, Lula deve dar detalhes sobre a criação de mais oito institutos federais em Minas. O Estado conta atualmente com cinco unidades, distribuídas no Norte, Sudeste, Sul, Triângulo e Região Metropolitana da capital.

Desde o ano passado, políticos mineiros pressionam Lula por mais visitas ao Estado, o segundo maior colégio eleitoral do País e a atenção dos correligionários e governistas se voltam para as eleições municipais de 2024, um termômetro para a eleição de 2026.

Devido à agenda ser institucional, a dívida de Minas, de R$ 162 bilhões, não entra na pauta da visita. O assunto foi debatido na última quarta-feira (6), em Brasília, com as presenças do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do secretário de Estado da Fazenda, Luiz Cláudio Gomes. Na ocasião, Haddad prometeu que o seu ministério apresentaria até o dia 31 de março uma proposta para renegociação da dívida do Estado.

O governo federal deve rejeitar a utilização dos recursos de repactuação do acordo de Mariana para abater a dívida mineira, que foi sugerida por Rodrigo Pacheco, presidente do Senado. O veto teria sido orientado pela Advocacia Geral da União (AGU).