Mais um capítulo: Justiça da Venezuela decreta a prisão de Edmundo González
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Após ignorar três intimações do MP para comparecer ao tribunal e explicar a divulgação das atas eleitorais em um site criado pela coligação ultradireitista Plataforma Unitária Democrática (PUD), em que se coloca como vencedor do pleito de 28 de julho, o candidato oposicionista a Nicolás Maduro, Edmundo González Urrutia, teve determinada sua prisão pela Justiça do seu país.
O pedido de prisão foi acatado nesta segunda-feira (02) por “desacato à Justiça, usurpação de funções, falsificação de documentos públicos, instigação à desobediência às leis do Estado, conspiração, sabotagem para prejudicar sistemas e associação terrorista”.
González (75), rejeita o resultado do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) que proclamou a reeleição de Maduro e se autoproclama vencedor.
Em seu programa semanal na TV, Maduro disse: “Ninguém neste país está acima das leis e instituições como fingiu o ‘covarde’ Edmundo González Urrutia, o escondido, como o chamo. Ele finge estar acima das leis, o Ministério Público o convocou três vezes e ele não compareceu, porque também não reconhece o Ministério Público. Em nenhum país isso é possível. É inadmissível”.
Maria Corina Machado, líder da PUD e também investigada pelo MP, afirmou que a ordem de prisão contra González “só vai aumentar o apoio dos venezuelanos e do mundo” ao candidato de oposição.
González não aparece em público desde 30 de julho e não compareceu às convocações do tribunal por temer ser preso.
O órgão máximo do Poder Judiciário venezuelano determinou que não houve irregularidades nas atas eleitorais, mesmo com os oposicionistas alegando ter em seu poder o resultado de ao menos 80% das atas eleitorais do país que comprovam vitória avassaladora de González sobre Maduro.
Segundo a juíza Caryslia Beatriz Rodríguez, presidente da Sala Eleitoral do TSJ, os boletins apresentados pelo CNE apresentam informações consistentes em comparação com os relatórios emitidos pelas máquinas eleitorais em cada um dos centros de votação, “mostrando plena concordância, respeitando os mais altos padrões de transparência, verificados por observadores nacionais e estrangeiros que acompanharam os trabalhos”.
* Fonte: Ansa, Telesur e Deutsche Welle