Manifestantes protestam em Brasília contra indicação de Dino ao STF

Imagens postadas nas redes sociais pelo deputado federal Nikolas Ferreira e pelo senador Magno Malta mostram pequena adesão ao movimento

Manifestantes protestam em Brasília contra indicação de Dino ao STF
Foto do ato contra Dino compartilhada por Lindbergh Farias em seu perfil no X – Foto: Reprodução/X

Trajando roupas com predominância nas cores verde e amarela, manifestantes se reuniram neste domingo (10), na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, protestando contra a indicação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, ao Supremo Tribuinal Federal (STF).

O mesmo movimento ocorreu em várias partes do País ao longo do dia. O da capital federal teve participação modesta de opositores do governo petista, contrastando com eventos anteriores realizados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Imagens postadas nas redes sociais pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e pelo senador Magno Malta (PL-ES) mostram pequena adesão ao movimento.

Já o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), postou na plataforma X uma foto, provavelmente feita por meio de um drone, mostrando uma pequena multidão na Esplanada e dizendo que o movimento “flopou” e foi um “vexame”.

Na oportunidade, os manifestantes protestaram contra o ministro Alexande de Moraes e contra a morte de Cleriston Prereira da Cunha, preso por envolvimento no dia 8 de janeiro e que morreu no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. A mulher e a filha de Cleriston discursaram durante o evento.

Políticos de direita, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, estiveram presentes e endossaram o coro na manifestação, como os senadores Magno Malta, Eduardo Girão (Novo-CE), Jorge Seif (PL-SC) e o deputado Nikolas Ferreira.

O senador Girão disse que: “A guerra que estamos vivendo é política, cultural, mas sobretudo espiritual. Quem está no comando é Deus. Eu peço a vocês que até o dia 13, que não foi por acaso, que oremos de joelhos pedindo a intervenção de Deus para que os senadores ao votarem pensem nos próximos 26 anos de quem vai ficar nessa nação”.

O ato se deu 11 meses após o 8 de janeiro, quando extremistas invadiram as sedes dos Três Poderes e destruíram prédios públicos. Os envolvidos defendiam uma intervenção militar para destituir o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), eleito em outubro de 2022.

O senador Magno Malta disse que a data da sabatina, 13 de dezembro, foi escolhida em alusão ao número do PT na urna. A data foi fixada pelo senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), notório desafeto do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Malta também lembrou os condenados do 8 de janeiro, quando Moraes decretou prisões que vão de três a 17 anos, além de multa de R$ 30 milhões por danos morais coletivos. “Vocês sabem por que as penas são de 17 anos? Porque 17 era o número de Bolsonaro. Vocês sabem por que a multa foi de R$ 22 milhões? Porque o número dele (Bolsonaro) é 22. Vocês sabem por que marcaram a sabatina do Dino no dia 13? Porque 13 é o número do PT. É para debochar do povo, do Senado e da Câmara Federal”, disse.

Manifestantes protestam em Brasília contra indicação de Dino ao STF
Magno Malta discursa em Brasília – Foto: Reprodução/X

O deputado Nikolas Ferreira, por sua vez, fez críticas ao ministro Gilmar Mendes e ao ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, além de pedir a soltura dos presos do 8 de janeiro.