Maria Mercês Moura Andrade: “busco por fazer diferença na vida do outro”
Há mais de 20 anos, Mercês se dedica a trabalhos voluntários
A aposentada Maria Mercês Moura Andrade, de 68 anos, se dedica a trabalhos voluntários há mais de 20 anos. Mais conhecida como Mercês, desde 2013, ela dedica grande parte do seu tempo livre para levar alegria às crianças doentes. Assim, trabalha como voluntária no grupo de brinquedista Alegria, Alegria, no Hospital Nossa Senhora das Dores e na Fundação São Francisco Xavier, ambos em Itabira.
O objetivo geral do grupo de brinquedistas é oferecer, propiciar e garantir o brincar livre às crianças hospitalizadas.
“O grupo foi criado em 2010. Conta com 30 mulheres voluntárias, distribuídas em escalas diárias, para atendimento nos dois hospitais. Funciona de segunda a sexta-feira, no horário de 13h30 às 16h. Nesse tempo, é desenvolvida uma série de atividades como arte no papel, teatro, incentivo à leitura, contação de histórias, musicalização, produção de brinquedos com materiais recicláveis, dentre outras”, relata Mercês.
Brinquedistas
Desta forma, as brinquedistas contribuem para a melhoria do estado geral da criança hospitalizada, permitindo que esses pequenos pacientes tenham acesso a atividades lúdicas em seu período de internação. Além disso, a atividade também contribui, muitas vezes, até para abreviar o tempo de recuperação dessas crianças, já que a interação das brinquedistas com a criança de forma lúdica proporciona mais leveza e melhor aceitação por parte delas dos procedimentos médicos necessários para a recuperação de sua saúde.
Portanto, a recreação pode ser um dos meios de aliviar as dores causadas pela hospitalização e pela enfermidade que o paciente apresenta. A atividade lúdica deve ser aplicada de forma humanizada, visando à aceleração da recuperação e à melhoria do quadro geral do paciente.
Voluntária
Merces, além de ser brinquedista, é voluntária em outros dois projetos. Faz parte do grupo Cia Palhaçaria de Itabira e atua no Observatório Social de Itabira. Então, pergunto à Merces como se sente em fazer tantas pessoas felizes.
“Eu acredito que o que move uma pessoa a ser voluntária é a busca por fazer diferença na vida do outro. É um exercício de cidadania que tem um papel ativo na transformação da sociedade, além de ser um espaço para conviver em grupo, conhecer pessoas e treinar novas habilidades. A sensação de bem estar e alegria por fazer parte deste movimento é muito gratificante, pois muitas vezes a gente acha que está doando, mas estamos mesmo é recebendo sorrisos, brilho nos olhos e empatia. Isso sem contar que nesta atividade estamos produzindo oxitocina, que é o hormônio que promove sentimentos de amor, união social e bem-estar”, afirma.