Médico suspeito de abusar de 15 mulheres em Itabira é indiciado por quatro crimes; saiba mais
Há suspeitas de que possa haver outras vítimas na região
A Polícia Civil concluiu o inquérito contra o médico mastologista Danilo Costa, acusado de abusar de pelo menos 15 mulheres dentro de um hospital de Itabira. Danilo Costa foi indiciado pelos crimes de estupro, importunação sexual, violação sexual mediante fraude e assédio sexual. O suspeito foi transferido do presídio de João Monlevade para a unidade prisional de Barão de Cocais no último dia 12 de fevereiro, local onde permanece detido.
Entre as vítimas estão nove pacientes e seis funcionárias do hospital onde o profissional atuava. As apurações se iniciaram após uma mulher denunciar ter sido estuprada durante uma consulta com o suspeito, em uma unidade hospitalar de Itabira. Segundo ela, assim que entrou no consultório, foi agarrada e violentada.
No curso das investigações, foram ouvidas outras vítimas, colegas de trabalho do suspeito e funcionários do hospital em que o médico prestava serviços. “Conseguimos perceber um padrão das vítimas. Elas eram muito vulneráveis, seja por uma doença ou por alguma questão de conflito familiar”, destacou o delegado que conduziu as investigações, João Martins Teixeira. Ainda segundo o delegado, o caso mais antigo das denúncias contra o médico é de 2012.
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Dentro das investigações laboratoriais feitas no Instituto Médico Legal (IML), foi constatada a presença de antígeno prostático específico (PSA) no corpo de uma das vítimas. O material genético masculino é uma proteína produzida pelas células epiteliais da próstata. De acordo com o delegado, o exame deu negativo para a presença de espermatozóide. “Isso indica que o material colhido pertence a um homem vasectomizado. Durante as investigações, conseguimos verificar que esse suspeito havia feito essa cirurgia [vasectomia] tempos antes. Isso é mais um indício que robustece as investigações”, explicou.
Ainda segundo Teixeira, há suspeitas de que possa haver outras vítimas na região. “Por isso, a Polícia Civil permanece vigilante e aberta para receber novas denúncias. Caso necessário, outro inquérito policial será instaurado”, informou.