Mercado de cafés especiais não para de crescer no Brasil

Que brasileiro é apaixonado por café, todo mundo sabe. Quase todo mundo precisa daquela xícara de manhã cedo para acordar, seja com ou sem leite, com ou sem açúcar. Mas além disso, nos últimos anos, vem crescendo o interesse dos brasileiros em consumir – e produzir – cafés especiais. E esse mercado vem sendo cada […]

Mercado de cafés especiais não para de crescer no Brasil

Que brasileiro é apaixonado por café, todo mundo sabe. Quase todo mundo precisa daquela xícara de manhã cedo para acordar, seja com ou sem leite, com ou sem açúcar. Mas além disso, nos últimos anos, vem crescendo o interesse dos brasileiros em consumir – e produzir – cafés especiais. E esse mercado vem sendo cada vez mais explorado pelos produtores no país.

Uma prova clara disso é uma pesquisa encomendada pela BSCA – Associação Brasileira de Cafés Especiais, e realizada pela Euromonitor International, com o objetivo de entender esse mercado no país, projetando o crescimento para os anos seguintes.

A pesquisa da Euromonitor teve como objetivo identificar os canais de vendas de cafés especiais, bem como as tendências do mercado no país. Segundo esse estudo, só em 2016, esse mercado movimentou R$ 3,2 bilhões no Brasil.

Entre 2012 e 2016, o crescimento médio anual no consumo de cafés especiais foi de 18,1%. Até 2020, o varejo deste tipo de café vai dobrar suas vendas. Só em 2018, a expectativa da BSCA era de que o varejo de cafés especiais movimentasse R$ 2,6 bilhões.

As ondas do café

A expansão do mercado de cafés especiais se deve, segundo estudiosos, à “terceira onda” do café no Brasil e no mundo. A primeira onda foi a mais simples, quando os grãos de café eram simplesmente um produto de grande valor comercial. A falta de tecnologia fazia com que a produção fosse muito simples. Naquela época, não havia diferenciação entre tipos de café.

Em seguida veio a segunda onda, onde o interesse era pela produção do café o mais rápido possível. Foi quando surgiram as primeiras máquinas de café espresso, ainda nos anos 60. O café passou a ser muito mais consumido e, também nessa época, os produtores começaram a perceber a possibilidade e importância de produzir cafés de diferentes estilos.

Relacionado à essa segunda onda está também o surgimento de outros tipos de cafeteira, para o consumo doméstico de cafés mais elaborados. Uma cafeteira francesa de qualidade, por exemplo, é capaz de produzir uma bebida de sabor intenso, sem cabos elétricos ou bateria. As cafeteiras italianas também começaram a se destacar nesse sentido.

Por último, a terceira onda do café é a atual, dos cafés especiais. O mercado evoluiu e, agora, o consumidor especialista quer saber também qual a história daquele grão de café, onde ele foi produzido e quais são todas as suas características. Ou seja, os amantes dessa bebida popular brasileira agora querem consumir cafés especiais.

Semana internacional do café

Outra demonstração do crescimento desse mercado é a realização da Semana Internacional do Café. Em sua última edição, realizada em Novembro de 2018, em Belo Horizonte-MG, mais de 250 compradores internacionais, de 60 países diferentes, visitaram os mais de 160 expositores da feira.

Ou seja, os cafés especiais brasileiros já estão na mira de consumidores estrangeiros, em centenas de países. Um comprador destacado é a China, que tem um mercado gigantesco e promissor para produtores de café.

A próxima edição da Semana Internacional do Café já está confirmada para Novembro de 2019.