Metroviários mantêm greve e estações do metrô de Belo Horizonte estão fechadas
Paralisação dos funcionários teve início à 0h dessa terça-feira (14)
Mesmo após audiência com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU-MG), mediada pelo Tribunal Regional do Trabalho, o Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro) votou pela continuidade da greve no metrô de Belo Horizonte e as estações estão fechadas nesta quarta-feira (15).
A paralisação total foi decidida em assembleia realizada na noite de ontem (14), entre metroviários e o Sindimetro, e segue por tempo indeterminado. Uma nova audiência entre CBTU e Sindimetro será realizada hoje (15), às 14h30, também com a mediação do TRT-MG. O Sindicato também já convocou nova assembleia para esta quinta-feira (16), às 10h, na Estação Central.
O desembargador do TRT-MG, Dr. César Pereira da Silva Machado Júnior, vai avaliar o pedido de liminar que deve definir a multa e a escala mínima de operação do sistema em caso de greve, conforme solicitado pela CBTU.
O que diz a CBTU
A Companhia enviou nota sobre como o metrô de Belo Horizonte deve operar durante o período de Carnaval, quando o transporte público é uma das principais opções de locomoção utilizada pelos foliões. Confira abaixo:
“A CBTU-MG informa que foram contratados 80 funcionários terceirizados para reforçar o atendimento à população, tanto nos bloqueios, quando na segurança das estações, já que o metrô é o único meio de transporte a atuar no hipercentro da cidade durante os dias de festa. Estes colaboradores atuam nas estações neste Pré-Carnaval e, em sequência, ao longo do Carnaval e pós-Carnaval (até dia 26/02). Essa informação está na ata de reunião com o Sindimetro, que aconteceu em 10 de fevereiro de 2023, assinada pelos diretores sindicais.
Nesta mesma ata de reunião, consta a informação que a CBTU-MG concedeu a compensação de dias de greve de dezembro para os empregados que trabalharem durante o Carnaval, como incentivo aos funcionários que irão atuar na operação e manutenção da Companhia, já que a demanda de trabalho aumenta consideravelmente e os empregados fazem horas extras no período, para atender com excelência a população durante o evento.
Portanto, novamente, não compactua com a verdade a informação sindical de que os diretores da Empresa estão atuando de forma a desestimular, impedir ou conturbar o movimento grevista, vez que todas as questões mencionadas acima são anteriores à deflagração do movimento de greve.”