Na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), discutiram o assunto em uma audiência pública no dia 15 deste mês. Michel Bruce, do Conselho Municipal LGBTQUIA+ de Juiz de Fora, contou que a parada do município reuniu cerca de 120 mil pessoas. No entanto, esse público vem reduzindo.
Para ele, a situação é reflexo de uma inércia do poder municipal. Ele ressaltou que Juiz de Fora publicou há 24 anos o que ele chamou de “primeira lei do País que pune discriminações por orientação sexual”, a Lei Municipal 9.791, de 2000. Apesar disso, determinações da lei, como a instituição de um Centro de Referência, ainda não avançaram.
Além disso, outros municípios também vivem a situação. Renato Ribeiro é de Uberlândia e também indicou que a cidade não tem Centro de Referência nem Conselho Municipal LGBTQIA+.
RMBH
As dificuldades não estão restritas ao interior de Minas Gerais, abrangendo municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).
Em Ribeirão das Neves, a prefeitura estaria dificultando a realização da segunda parada do município. Alê Gonçalves, da Associação Neves da Diversidade, explicou que estão fazendo exigências, como requerer a realização da manifestação na mesma data todos os anos. Além disso, têm usado o apoio de um vereador à parada para questionar sua realização em ano eleitoral.
Segundo Ralpho Seraphim, fundador do Movimento LGBT de Esmeraldas, a Câmara de Vereadores e a prefeitura não têm apoiado a realização da parada na cidade. Adicionalmente, também não concretiza outras demandas, como realização da Conferência Municipal LGBTQIA+ e a criação do Conselho LGBTQIA+.
Por fim, a vereadora de Contagem, Moara Saboia (PT), apontou dificuldades ainda existentes e celebrou a implantação de um centro de referência LGBTQIA+.